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Trump recomenda que Google, Twitter e Facebook “tenham cuidado”

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recomendou na terça-feira (28) que Google, Twitter e Facebook que “tenham cuidado”, porque estão “se aproveitando de muita gente”.

Ele disse que o buscador da primeira dessas empresas foi desenvolvido para silenciar os conservadores. “Acho que o Google está se aproveitando de muita gente. Acho que é algo muito sério, algo muito sério. Acho que o que estão fazendo o Google e outros, se você vir o que está acontecendo com o Facebook e com o Twitter, é melhor que eles tenham cuidado, porque não podem fazer isso com as pessoas”, disse Trump em declarações a jornalistas no Salão Oval.

“Temos literalmente milhares e milhares de queixas que estão chegando, e não podem fazer isso. Portanto, acho que Google, Twitter e Facebook realmente estão adentrando em um terreno muito perigoso e têm que ter cuidado. Não é justo para boa parte da população”, acrescentou.

Trump, que falou com a imprensa durante uma reunião com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, dava assim continuidade às queixas que fez horas antes em uma série de tuítes.

“Os resultados de pesquisa de Trump News mostram só os pontos de vista e informações da mídia das fake news (notícias falsas). Em outras palavras, é tudo arranjado, para mim e para outros, de maneira que quase todas as histórias e notícias são ruins”, escreveu o presidente.

Trump ressaltou ainda que “o Google e outras estão suprimindo vozes de conservadores e escondendo informação e notícias positivas”, e insinuou que isso pode ser “ilegal”. “Estão controlando o que podemos e não podemos ver. Esta é uma situação muito séria – será abordada!”, acrescentou.

Após a mensagem de Trump, seu principal assessor econômico, Larry Kudlow, antecipou que a Casa Branca está avaliando se as pesquisas do gigante tecnológico “deveriam ser reguladas”, mas não ofereceu mais detalhes.

Google nega

Por sua parte, o Google emitiu hoje comunicado no qual nega que seus motores de busca estejam alterados para “manipular as opiniões políticas” dos usuários.

“As pesquisas não são empregadas para marcar uma agenda política, e não damos preferência a nenhuma ideologia política (…) e nunca ordenamos os resultados de pesquisas para manipular opiniões políticas”, afirmou a empresa, que tem sede em Mountain View, na Califórnia.

O governante americano sempre censurou de maneira insistente a cobertura dos grandes meios de comunicação, mas até agora não tinha criticado especificamente gigantes de internet como o Google.