Na noite da última quarta-feira (16), o Cruzeiro adentrou o Mineirão com o peso de oito partidas sem vitória em suas costas, tendo pela frente um adversário do qual costuma ser ‘freguês’ e que vinha de triunfo em clássico. O panorama, portanto, não era nada favorável ao time da casa: em todas as mesas redondas/debates pré-jogo, apontava-se o São Paulo como provável vencedor do confronto. O futebol, no entanto, é apaixonante também por sua imprevisibilidade, e o desfecho mais improvável acabou se desenhando na capital mineira.
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A vitória celeste por 1 a 0, gol único de Thiago Neves, não pode ser considerada um ‘acidente’. É bem verdade que a Raposa ainda tem muito a evoluir e tem material humano suficiente para produzir mais, mas os tropeços recentes contra Fluminense e Chapecoense, ambos com enredos dramáticos para a torcida celeste, já apontavam uma nova postura da equipe.
Diante de um apático São Paulo, o Cruzeiro tomou as rédeas da partida na base do brio, da coragem e da transpiração. Foi suficiente para arrancar uma vitória à fórceps, três pontos que estavam ‘entalados na garganta’ dos jogadores e dos torcedores celestes. Nas duas rodadas anteriores, o time mineiro já havia sido superior em relação aos seus rivais, esbarrando na afobação no momento de definir jogadas ou até mesmo em erros de arbitragem.
Em atitude e nível de atuações, há uma mudança despontando no gráfico celeste: tímida ‘curva para cima’, mas com muito ainda pela frente se quiser evitar o primeiro rebaixamento de sua história. Ser mais efetivo ofensivamente e aprender a ‘matar’ as partidas é o maior trabalho de Abel Braga para as 12 rodadas que restam neste Brasileirão. O primeiro passo foi dado.
Fonte: 90min