Às vezes contratar um empréstimo é necessário, mas trata-se de um passo que deve ser muito bem pensado. Buscar alternativas de empréstimos menos burocráticos e com juros menores pode ser a saída para famílias que estão endividadas.
E quem tem um carro quitado, talvez a alternativa seja usá-lo como garantia para conseguir um empréstimo, o chamado refinanciamento de veículo. Mas como todo o empréstimo, é necessário ter alguns cuidados.
O advogado Arthur Ongaro, do escritório Corrêa, Ongaro, Sano Advogados Associados, explica que é possível utilizar um carro quitado para dar como garantia de um empréstimo ao banco, sendo o valor um percentual de avaliação do veículo. “O valor do empréstimo vai depender do ano do veículo e isso pesa mais do que o perfil do cliente. É possível financiar até 70% do valor do carro”, esclarece.
Segundo o advogado, alguns cuidados são necessários nesse tipo de empréstimo, principalmente quando o cliente deixa de pagar a dívida. “Antes de assumir o empréstimo, faça um detalhado planejamento financeiro e tenha certeza de que será possível quitar a dívida, pois caso a pessoa que contratou o empréstimo deixe de pagar as prestações, o processo de retomada do veículo é bem rápido.
Após receber uma notificação, contendo as informações sobre os valores devidos, prazos e demais detalhes da dívida, em seguida a instituição pode iniciar o processo de busca e apreensão do veículo. Porém, na maioria dos casos é possível renegociar a dívida e tentar um acordo com a instituição financeira”, diz Ongaro. Com a retomada do veículo o devedor tem o prazo de cinco dias para fazer o pagamento e, se isso não acontecer, o veículo é consolidado em nome da instituição financeira e vai para leilão.
Ongaro orienta que em último caso, se a pessoa não consegue pagar o empréstimo, venda o veículo, mas, em hipótese alguma, tente esconder o carro para não ser apreendido. “A lei é muito rígida com esse tipo de fraude”, finaliza.