apático, Botafogo é dominado pelo Racing na Recopa Sul-Americana

O primeiro jogo na decisão da Recopa Sul-Americana não poderia ter sido pior para o Botafogo, clube que parece seguir vivendo um período interminável de intertemporada apesar de estar disputando títulos neste início de 2025. A derrota por 2 a 0 para o Racing em território argentino representou algo que vai muito além dos dois gols de desvantagem para o jogo de volta.

Sob o comando do auxiliar Cláudio Caçapa (cujo não assinou a súmula da Conmebol como técnico por não ter experiência de três anos na primeira divisão de qualquer liga), o Alvinegro acabou sendo dominado em todos os aspectos do jogo: físico, tático, técnico e mental. Comandada pelo técnico Gustavo Costas, La Academia não renunciou seu estilo de jogo, utilizando-se das transições em velocidade e dos rápidos toques de bola quando controlava mais a posse.

Enquanto isso, o Glorioso sofria para criar ofensivamente com atuações negativas de Savarino e Matheus Martins sem poder de definição no terço final. No meio, Marlon Freitas ficava sem opção de passe devido aos espaços muito largos no campo, demonstrando falta de compactação. Ainda no primeiro tempo, Barboza cometeu pênalti após agredir Martínez na área e Vietto abriu o placar da decisão.

Com apenas três dias treinando a equipe principal, Caçapa conseguiu dar um novo ânimo ao Botafogo no início do segundo tempo, com maior intensidade para roubar a bola, impedindo que o rival criasse novas chances de gol. Mas a falta de um trabalho permanente da comissão técnica voltou a pesar, e o clube carioca não teve condições de penetrar um sistema defensivo muito criticado e pouco sólido neste início de temporada na Argentina.

A falta de capacidade para apresentar maior repertório ofensivo se transformou em insistentes cruzamentos na área, originando somente uma chance real de gol em todo o jogo, quando Igor Jesus demorou para ajeitar e chutar após receber de Vitinho. Aos poucos, o campeão da Sul-Americana voltou a se tornar protagonista das ações e acuou novamente o adversário, então o recém-contratado Rwan Cruz entrou na tentativa de maior controle ofensivo.

Contudo, faltou justamente controle para os botafoguenses, que se lançaram ao ataque em uma desesperada busca pelo empate. Aos 17, Barboza não fez a transição defensiva e o Racing aproveitou a vantagem numérica para deixar Maravilla Martínez no um contra um diante de John, superando o goleiro com um belo gol de cobertura: 2 a 0.

Estatísticas de Racing 2 x 0 Botafogo

Fonte: SofaScore

O descontrole e a falta de organização dos brasileiros demonstrados desde o início do ano ficaram evidentes no jogo de ida. Para piorar teve cartão vermelho de Cuiabano devido a um chute no rosto de Colombo, sendo que o lateral ficou apenas 12 minutos em campo, afinal saiu do banco aos 30 e foi expulso aos 42.

Com somente um chute no alvo em 90 minutos de futebol, fica difícil imaginar que os campeões da América revertam o placar em casa, ainda mais com expectativa de baixo público dos mandantes no Estádio Nilton Santos e uma tendência de “invasão argentina” no Rio de Janeiro pela empolgação dos adeptos de La Guardia Imperial em 27 de fevereiro.

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