90min pt-BR.
Os sindicatos dos jogadores, também conhecidos como FIFPRO, entraram com uma ação judicial contra a FIFA, devido a criação do Mundial de Clubes de 2025. Uma das críticas é que a entidade máxima do futebol agiu de forma unilateral, sem consultar os atletas, violando os direitos dos mesmos.
A FIFPRO acredita que atinge a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ao mesmo tempo que viola potencialmente o direito da concorrência da UE. O grupo também apoiou a Associação de Jogadores Profissionais de Futebol da Inglaterra (PFA) e a francesa União Nacional de Jogadores Profissionais a solicitarem ao Tribunal de Comércio de Bruxelas para levar o caso ao Tribunal de Justiça da União Europeia, com quatro questões prejudiciais. São elas:
- Proibição do trabalho forçado ou obrigatório
- A Liberdade do trabalho, como o direito de negociar e celebrar acordos coletivos
- Direito a condições de trabalho saudáveis
- Direito a um período anual de férias remuneradas
Os próprios jogadores e os sindicatos já sinalizaram várias vezes o alto número de jogos, causando grande desgaste. O novo Mundial de Clubes terá 32 participantes, com sede nos Estados Unidos, e está previsto para acontecer entre 15 de junho e 13 de julho de 2025.
“Com períodos de preparação e viagens, o torneio provavelmente durará até seis semanas de trabalho adicional a ser adicionado a uma agenda já lotada. Para os jogadores mais requisitados tanto para jogos de clubes como para competições de seleções, o direito a uma pausa anual garantida tornou-se praticamente inexistente.”
– FIFPRO Europa
Os sindicatos de jogadores analisaram que a Fifa tomou essa decisão pensando no dinheiro, não lembrando no impacto que isso irá acarretar sobre os atletas. David Terrier, presidente da FIFPRO Europa, informou que todas as tentativas de dialogo com a entidade não teve êxito, logo, procuram garantir o direito dos jogadores.
“Uma vez que todas as tentativas de diálogo falharam, agora cabe a nós garantir que os direitos fundamentais dos jogadores sejam plenamente respeitados, levando a questão para os tribunais europeus e, portanto, ao Tribunal de Justiça da União Europeia. Não se trata de estigmatizar uma determinada competição, mas de denunciar tanto o problema subjacente como a gota d´água que fez o copo transbordar.”
– David Terrier, presidente da FIFPRO
Leia mais notícias do futebol internacional:
Izabelle França , 90min pt-BR.
Fonte: 90 minutos..
Thu, 13 Jun 2024 13:52:01 +0000