A foto destacada pela NASA nesta terça (16) no site Astronomy Picture of the Day traz estruturas interestelares que lembram grandes pilares de poeira. Trata-se de alguns glóbulos cometários, que podem ser vistos na direção das constelações de Pupis (a Popa) e Vela.
No interior destes glóbulos, existem bolsões de gás frio e poeira. Quando colapsarem, estas estruturas devem formar estrelas que, embora sejam pouco massivas, devem causar a dispersão dos glóbulos.
Localizados a 1.300 anos-luz da Terra, estes glóbulos são feitos de gás interestelar e poeira. As estrelas próximas deles emitem radiação ultravioleta altamente energética que ajudou a desgastar suas estruturas e a ionizar suas bordas, fazendo com que emitam luz.
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É possível que a estrutura deles também tenha sido afetada pelo remanescente de supernova da Vela. Como o nome indica, trata-se dos restos de uma estrela que explodiu há cerca de 11 mil anos.
O remanescente é de grande importância para os astrônomos, porque permite estudar as etapas finais da explosão da estrela. Além disso, seus filamentos mostram como o material expelido pela supernova se dispersa pelo meio interestelar.
O canto esquerdo superior da foto mostra CG 30, um glóbulo cometário que tem brilho avermelhado. Possivelmente, a luminosidade vem dos jatos energéticos de uma estrela nas etapas iniciais da sua formação.
Glóbulos cometários
Mas, afinal, o que são glóbulos cometários? Podemos descrevê-los como nuvens interestelares com uma “cabeça” e uma cauda, ou seja, têm morfologia parecida com a dos cometas.
No entanto, as semelhanças acabam aí, pois estes objetos são bem diferentes dos cometas. Ainda não se sabe exatamente como são formados, mas é possível que eles sejam o resultado dos ventos estelares vindos de estrelas quentes e massivas por perto — como é o caso dos glóbulos na foto acima.
Um dos glóbulos cometários mais conhecidos é o CG 4, popularmente chamado de “Mão de Deus”. O apelido se deve à sua estrutura, que para alguns, lembra a de uma mão se estendendo em meio a uma bela cena cósmica.
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Fonte: Canaltech