A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil desenvolvem tecnologias que permitiriam usar o Drex, o real virtual, para realizar pagamentos sem conexão com a internet. Ambas as instituições trabalham na solução em consórcios separados dentro do plano piloto do Drex e podem viabilizar transações offline via celular ou cartão.
O objetivo seria atender a uma parcela da população sem acesso à internet no Brasil — de acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2023, isso abrange 16% dos brasileiros. As transações poderiam ser executadas de forma offline em primeiro momento e depois os dados seriam transferidos para as instituições quando houvesse uma conexão, por exemplo.
Uma das soluções é desenvolvida pela Caixa, em parceria com a Elo e a Microsoft, e poderia ser usada para recolher o Bolsa Família sem a necessidade de deslocamento para áreas urbanas. Os dados seriam sincronizados a partir do momento em que o dispositivo acessasse a internet, mas permitiria pagar ou receber valores sem conexão.
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Além disso, o Banco do Brasil também desenvolve um sistema de pagamentos offline em conjunto com a empresa alemã Giesecke + Devrient (G+D). A companhia, inclusive, já tem um histórico de criar soluções que não dependem da internet em outros países, como Gana.
Em entrevista ao site Valor Econômico, o executivo de tecnologia do BB, Julierme de Souza, informou que “a base da solução de pagamento sem internet é ‘token money’”. Para isso, registraria os dispositivos vinculados ao pagamento numa cadeia, como em blockchain, e carregaria os dados quando estivessem online. Além de auxiliar em regiões remotas, a tecnologia poderia ser usada como medida emergencial em casos de interrupção de energia.
Porém, todas essas soluções precisam da aprovação do Banco Central, órgão responsável pelo piloto do Drex e que analisa as ferramentas desenvolvidas por instituições financeiras. Na página de suporte do Drex, o BC informa que “não será possível” fazer pagamentos offline na fase inicial da tecnologia, mas “avaliará a conveniência de sua inclusão na Plataforma Drex” quando existirem tecnologias que viabilizam o processo.
Testes do Drex
Também chamado de “Real Digital”, o Drex funcionará como uma moeda que opera somente em ambiente digital. Ele terá o mesmo valor do real, mas opera somente em carteiras virtuais e transações tokenizadas.
Por enquanto, o Drex ainda passa por testes de instituições financeiras parceiras em seu projeto piloto. O Banco do Brasil, por exemplo, liberou um simulador internamente para que os funcionários consigam experimentar as operações dentro da estrutura.
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Fonte: Canaltech