Em uma investigação científica da Universidade da Califórnia, foram analisados os impactos do café na saúde, buscando descobrir se a bebida faz bem ou mal, afinal de contas. A resposta foi menos direta do que os pesquisadores esperavam — a genética, no final das contas, é o que influencia no impacto do café na saúde.
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Dois enormes bancos de dados foram usados para o estudo: 23andMe, que contém dados de 130.153 americanos, e UK Biobank, com dados de 334.649 britânicos. De início, já descobriu-se que os genes paternos e maternos são os responsáveis por influenciar o quanto de cafeína cada pessoa tende a consumir. Já se sabia que havia um papel da genética, mas agora sabemos que é algo hereditário.
Café pode fazer bem e mal
As duas populações mostraram resultados variados em relação ao efeito do café na saúde. Nos dados americanos, efeitos negativos foram notados, sendo relacionados a marcadores genéticos de obesidade e ao uso de substâncias viciantes. Em outras palavras, quem bebe mais café (e cuja tendência a beber mais vem da genética) também tem mais chances de desenvolver tais transtornos.
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Já quanto a condições psiquiátricas como ansiedade, transtorno bipolar e depressão, os resultados variaram: nos americanos, quem bebe mais café também teve risco maior de desenvolver esses transtornos, mas, nos britânicos, é o contrário — quem tende a beber mais café têm menos tendência a desenvolver esses problemas.
Essa diferença, segundo os cientistas, pode estar na maneira com que cada pesquisa foi conduzida — as doses de café consideradas, por exemplo, e as normas de consumo de cada país podem ter modificado os resultados. A genética influencia diversos aspectos da vida, ditando, por exemplo, quão altos ficaremos.
No caso do café, no entanto, beber ou não é uma decisão, e, por isso, é difícil avaliar suas implicações na saúde. Mais estudos, afirmam os pesquisadores, serão necessários para determinar a relação entre genética e café com precisão.
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Fonte: Canaltech