O Brasil inteiro está mobilizado na ajuda às vítimas das enchentes causadas pelas chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul, que já mataram quase uma centena de pessoas e deixaram milhares de desabrigados.
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As dificuldades de acesso aos lugares mais críticos tornaram comuns ver as vias que, antes, eram cheias de carros circulando, tomadas por barcos, botes salva-vidas, jet skis e outros tipos de veículos que costumeiramente não transitam por ali.
A ajuda chega pela água, pelo ar e, quando é possível, também por terra, com veículos especialmente preparados para encarar enchentes, alagamentos e outros tipos de tragédias ambientais como a que atinge o estado do Sul do Brasil.
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Cidadãos comuns e até celebridades do mundo do esporte, como o surfista Pedro Scooby e o atacante gremista Diego Souza, utilizam veículos próprios para auxiliar no resgate do maior número de pessoas possível. Além disso, Exército, Marinha e Aeronáutica uniram forças em prol de um objetivo comum: salvar vidas.
Ajuda pela água
O atacante gremista Diego Costa se transformou em herói ao utilizar o próprio jet ski e convidar mais quatro amigos donos de motos aquáticas para auxiliar no resgate às pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
Segundo relatos da população local, além de Diego Costa, os surfistas Pedro Scooby e Lucas Chumbo viajaram de carro para o Rio Grande do Sul e também utilizaram seus jet skis para colaborar com os resgates.
Os cidadãos comuns também foram liberados para ajudar no resgate utilizando embarcações próprias. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, não é preciso habilitação para esse tipo de veículo e a única exigência é que ele possa navegar em trechos com no mínimo 1,5 metros de altura de água.
Diego Costa, do Grêmio, parou no alagamento em Eldorado do Sul para perguntar o que as pessoas estavam precisando por conta das fortes chuvas.
As pessoas afirmaram que precisavam resgatar as vítimas da enchente. O atacante levou 1 jet ski na sua caminhonete e conseguiu mais 4… pic.twitter.com/MD70hnes0b
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) May 3, 2024
“[Essa estratégia] ajuda a salvar mais vidas e mitigar o impacto da situação de extrema emergência enfrentada por diversos municípios gaúchos”, diz a nota da Defesa Civil distribuída à imprensa.
O Exército brasileiro também informou, por meio de nota oficial, que há aproximadamente 240 embarcações militares disponibilizadas exclusivamente para o auxílio às vítimas, tanto para resgate quanto para envio de remédios, roupas e água potável.
Ajuda pelo ar
A ajuda às vítimas das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul também está sendo feita pelo ar, e de várias maneiras distintas. A Força Aérea Brasileira (FAB), por exemplo, disponibilizou um total de 42 aeronaves, entre elas 9 helicópteros para missões de resgate no estado.
A chamada Operação Taquari 2 consiste também no transporte de alimentos, água e medicamentos às pessoas afetadas, boa parte delas feita por helicópteros dos modelos Pantera k2, Fennec AvEx, Cougar e Jaguar.
Como são os helicópteros usados no RS?
Os principais helicópteros que fazem parte da Operação Taquari são o Pantera k2, o Fennec AvEx, o Cougar e o Jaguar. Conheça a seguir um pouco mais sobre eles.
Pantera k2
O Pantera k2 teve suas primeiras unidades entregues às Forças Aéreas em 2014, mas elas foram se modernizando ao longo do tempo, tanto em design quanto nas especificações.
O Pantera K2 tem capacidade para carregar 1 ou 2 pilotos, além de mais 10 combatentes, peso máximo de decolagem de 4.300 kg e velocidade máxima de 278 km/h. Sua escolha, claro, foi pela capacidade de carga.
Fennec AvEx
Produzido também pela Helibras, o Fennec tem nas missões de reconhecimento sua melhor característica. Por conta disso, esse tipo de helicóptero tem sido considerado de fundamental importância para a missão de resgate dos gaúchos vítimas da tragédia.
Neymar oferece mais ajuda pelo ar
Além dos helicópteros, as Forças Armadas também estão utilizando uma aeronave chamada RQ-900 (Hermes). Trata-se de uma ARP, Aeronave Remotamente Pilotada.
Ela tem capacidade para voar até 24 horas sem precisar recarregar e, por possuir câmeras e sensores de alta definição, consegue enviar imagens e informações precisas sobre pessoas a serem resgatadas.
Foi por conta da precisão das informações captadas pelos radares e sensores do RQ-900 que os tripulantes do Esquadrão Pantera, a bordo de um helicóptero H-60L Black Hawk, conseguiram localizar e resgatar um total de 36 pessoas.
Os “heróis invisíveis”, no caso os responsãvveis por operar o RQ-900, eram membros do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Esquadrão Hórus, sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM),
Também pelo ar estão chegando diversos tipos de jatos executivos, como o do atacante Neymar. O camisa 10 da Seleção Brasileira confirmou, via Instagram, que lotou seu avião com suprimentos e autorizou seus funcionários a realizarem a entrega às vítimas da tragédia.
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“Não gosto e não curto postar tudo que faço ou ajudo, porque quem faz .. faz pelo coração e não por engajamento. Então, este post é pra incentivar ainda mais as pessoas a ajudarem”, avisou o craque.
O avião cedido por Neymar é um Cessna 680 Citation Sovereign, fabricado em 2008 e adquirido na época em que ele ainda atuava pelo Paris Saint-Germain, da França. O jatinho particular do camisa 10 custa cerca de US$ 80 milhões e tem porte médio. Ele mede 19,3m de comprimento por 22m de envergadura, além da capacidade para transportar de oito a 12 passageiros.
Ajuda em números
De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, o efetivo das forças de segurança que estão atuando no estado para ajudar as vítimas da tragédia contam, até o momento, com 2.070 veículos na frota de resgate, divididos da seguinte maneira:
Aeronaves – 22
- Rio Grande do Sul – 4
- Exército – 17
- Uruguai – 1
Viaturas – 1.791
- Rio Grande do Sul – 1.365
- Exército – 385
- Outros estados – 41
Embarcações – 257
- Rio Grande do Sul – 143
- Exército – 84
- Outros estados – 30
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Fonte: Canaltech