Após um imbróglio com a Justiça estadunidense que custou US$ 5 bilhões aos cofres do Google, a empresa afirmou que vai destruir “bilhões de dados” relacionados ao modo anônimo do Chrome, seu navegador de internet. Além disso, ela vai atualizar suas divulgações de coleta de informações e manter uma configuração para bloquear cookies de terceiros do aplicativo por padrão pelos próximos cinco anos.
Segundo a acusação, a Gigante de Buscas teria coletado esses dados de forma imprópria depois de ludibriar os usuários — as informações são do site The Wall Street Journal.
Processo apontou e-mails comprometedores
Tudo começou com um processo na Justiça dos Estados Unidos no primeiro semestre de 2020. A ação coletiva exigia o valor de US$ 5 bilhões (perto de R$ 26 bilhões em uma conversão direta nos valores de hoje) e alegava que a empresa adquiriu dados sem a permissão dos usuários através do Modo Anônimo do Chrome.
–
Siga no Instagram: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.
–
Mesmo se defendendo, a Big Tech chegou a um acordo no valor estipulado, anunciado no fim de 2023. A partir daí, a companhia decidiu alterar informações no Chrome sobre a navegação anônima e adicionou uma linha que comprova a privacidade do modo, mas destaca que há a coleta de informações por serviços online, como do próprio Google.
O processo também apontou e-mails comprometedores entre executivos da Gigante de Buscas. Em uma mensagem de 2019, a Diretora de marketing do Google, Lorraine Twohill, disse ao CEO da empresa, Sundar Pichai, que a palavra “privado” era a nomenclatura errada para denominar o modo anônimo do navegador, pois poderia “exacerbar equívocos conhecidos”.
Em outro e-mail, Twohill destacou que estavam “limitados na forma como podiam comercializar o modo anônimo, porque ele não é verdadeiramente privado, exigindo, portanto, uma linguagem realmente confusa que seria quase mais prejudicial”.
Acordo ainda não está finalizado
É importante ressaltar que o tribunal não aprovou o primeiro processo feito por uma classe de demandantes por danos financeiros. Isso quer dizer que apenas indivíduos podem processar a Big Tech, algo feito no último dia 26 de março por cerca de 50 pessoas do estado da Califórnia.
O acordo ainda precisa ser aceito pela juíza Yvonne Gonzalez Rogers do Distrito Norte da Califórnia antes de cheques começarem a ser assinados.
O Canaltech entrou em contato com o Google a respeito do tema, mas não houve retorno até a publicação. O texto será atualizado caso haja novidade por parte da empresa. Enquanto isso, você pode conferir motivos para usar o Chrome e razões para não usar o navegador no dia a dia.
Trending no Canaltech:
- Lúpulo tem ação antiviral contra chikungunya e oropouche
- Calendário lunar de abril | Veja quando ocorrem as fases da lua
- Remédios ficam mais caros no Brasil, com reajuste de até 4,5%
- 20 anos de Gmail | A “pegadinha” que mudou o e-mail para sempre
- “Não imprima boletos”, alerta Febraban sobre golpe que altera códigos de barras
- As 50 piadas mais engraçadas do Google Assistente
Fonte: Canaltech