Mariana (Theresa Fonseca) entra em Renascer para abalar a relação de José Inocêncio (Marcos Palmeira) e João Pedro (Juan Paiva). Se no remake a personagem já está dando o que falar, na versão original, em 1993, ela também foi alvo de muitas opiniões. Adriana Esteves, que na época estava com 23 anos, ficou abalada com tantas opiniões negativas por conta da personagem.
Autor do remake e neto de Benedito Ruy Barbosa, Bruno Luperi, deu sua opinião sobre as críticas que personagem e atriz receberam há 31 anos. “Acho que a Mariana sofreu muito pelo moralismo da época. O pai pegou a mulher que o filho gostava. E julga-se a mulher. É muito doido isso“, disse ele ao podcast Papo de Novela.
O autor também contou que tentou explorar mais os dilemas da personagem. “Acho que ela tem uma característica que explorei muito mais nessa versão que é o fato de ela ser uma heroína trágica. Ela se apaixona por um homem, que é um menino, que não está pronto para a complexidade que ela tem e seus dilemas, e ele não assume a Mariana porque ele não tem essa explosão de enfrentar o pai”.
E completou: “E ela se encanta por um cara que ocupa um vazio existencial na vida dela, de uma figura paterna, ela o chama de ‘painho’. Então, é muito trágico, porque em nenhum dos dois caminhos ela vai ser feliz. […] Ela chega na hora errada para os dois.”
Para ele, não dá pra julgar Mariana com base em suas motivações iniciais. “Não acho que não dá para diminuir a Mariana nesse espaço de ‘ah, ela vai virar uma vigarista para se vingar’. Acho que é muito mais complexo. Ela vive uma tragédia. Ela nunca vai ser Maria Santa, e ele (José Inocêncio) nunca vai ser o João Pedro. E isso é bonito. Novela é conflito, novela é dificuldade. Então, a Mariana vai passar por um turbilhão de emoções”, adiantou.
Fonte: Observatório da Televisão