Nesta quarta-feira (10), pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) publicaram um artigo na revista Device, sobre a criação de um coração robótico que imita os batimentos de um órgão real. Conforme os próprios autores defendem, o modelo capta a complexidade de um coração humano de uma forma que não era possível até agora e pode ser um divisor de águas para novos tratamentos e procedimentos cirúrgicos.
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Os pesquisadores afirmam que esse órgão robótico pode servir como uma plataforma de treinamento cirúrgico para médicos e estudantes de medicina, permitir que engenheiros de dispositivos estudem seus novos projetos e até mesmo ajudar os pacientes a compreender melhor a própria doença e os possíveis tratamentos.
Na ocasião, a equipe abordou uma condição chamada regurgitação mitral, distúrbio em que o sangue pode fluir na direção errada, levando a vários sintomas, desde falta de ar até insuficiência cardíaca. A cirurgia para corrigir o problema é possível, mas muito complicada, devido à estrutura altamente complexa da válvula.
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Para criar o modelo, a equipe usou um coração de porco como base, removendo o músculo grosso que envolve o ventrículo esquerdo e substituindo-o por uma bomba robótica de silicone. Quando inflada, a bomba pressiona e contrai o coração, tal como um músculo real faria:
Ao danificar a válvula mitral para imitar a condição, a equipe poderia então permitir que os cirurgiões testassem três técnicas diferentes para corrigir o problema: ancorar os tecidos da válvula, implantar um dispositivo para ajudar a válvula a fechar corretamente ou substituir totalmente a válvula por uma prótese. Todos os três procedimentos funcionaram.
Cardiologia: um assunto tech
Anteriormente, já vimos como a cardiologia pode ser tech, com recursos que vão desde os apps até o coração biônico. A impressão 3D se mostra como uma grande aliada dessa especialidade.
Inclusive, em março passado, outra equipe do MIT desenvolveu um coração impresso em 3D que imita anatomia e funções de pacientes.
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Fonte: Canaltech