Comportamento

Descubra Tudo Sobre Autismo: Níveis, Sintomas e Tratamentos Mais Efetivos

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

Estima-se que cerca de dois milhões de brasileiros vivam com algum nível de Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com especialistas. No entanto, muitos desses indivíduos ainda não possuem um diagnóstico oficial.

O TEA é uma condição complexa e de origem genética, caracterizada por déficits na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento. Existem três níveis diferentes de suporte necessário para as crianças no espectro: nível 1, que requer suporte mínimo; nível 2, que precisa de suporte substancial; e nível 3, que exige suporte muito substancial.

Renato, por exemplo, foi diagnosticado com autismo quando tinha apenas 2 anos de idade. Sua mãe, Marisa, percebeu mudanças em seu comportamento, como parar de cantarolar músicas e começar a dar cabeçadas no chão e na parede. Desde então, Renato tem recebido apoio e está em constante aprendizado.

No entanto, nem todos os diagnósticos são feitos precocemente. O psiquiatra Alexandre Valverde, por exemplo, recebeu seu próprio diagnóstico aos 42 anos. É importante ressaltar que o TEA não possui cura ou tratamento específico, pois não se trata de uma doença, mas sim de uma condição genética. O foco do tratamento está nas comorbidades associadas ao TEA, como ansiedade e depressão.

Quanto às causas do TEA, não há uma única resposta definitiva. Acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenhem um papel importante. Além disso, antigas teorias, como a “mãe geladeira”, foram refutadas ao longo dos anos.

Os primeiros sinais de autismo geralmente se manifestam por volta dos 2 anos de idade. As crianças podem evitar o contato visual, não responder quando chamadas, apresentar movimentos repetitivos e ter dificuldade em interagir com os colegas. É fundamental que os pais estejam atentos a esses sinais e busquem orientação profissional caso tenham dúvidas.

O diagnóstico do TEA é feito por uma equipe multidisciplinar, que realiza testes neuropsicológicos e avaliação clínica. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que possam detectar o transtorno. Quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor será o prognóstico.

É importante ressaltar que o TEA é uma condição ampla, e cada indivíduo no espectro é único. Alguns podem levar uma vida independente, enquanto outros podem precisar de supervisão constante.

No Brasil, não há estatísticas precisas sobre o número de pessoas com TEA. Estima-se que existam cerca de dois milhões de brasileiros no espectro, mas muitos ainda não foram diagnosticados.

Quanto à educação das crianças autistas, é recomendado que aquelas nos níveis 1 e 2 sejam matriculadas em escolas regulares, com suporte diferenciado. Já as crianças no nível 3, que têm dificuldades significativas de independência, podem necessitar de escolas especiais.

Em relação ao tratamento, não há cura para o TEA. No entanto, é possível trabalhar no desenvolvimento das habilidades sociais e de comunicação por meio de terapias, como a Análise Aplicada do Comportamento (ABA). A quantidade de horas de terapia recomendadas varia de acordo com o nível de suporte necessário.

É importante lembrar que o autodiagnóstico não é confiável. O diagnóstico do TEA deve ser feito por profissionais qualificados, levando em consideração uma avaliação clínica completa.

Existem muitos mitos relacionados ao TEA, como a ideia de que vacinas causam autismo. Essas teorias foram amplamente desacreditadas pela comunidade científica. É fundamental buscar informações confiáveis e embasadas em evidências científicas.

Em resumo, o TEA é uma condição complexa que afeta milhões de brasileiros. Embora não haja cura, é possível oferecer suporte e tratamento para melhorar a qualidade de vida das pessoas no espectro. A conscientização e o acesso a informações precisas são essenciais para promover a inclusão e o entendimento sobre o autismo.