O Brasil esteve entre os países que participaram do primeiro encontro do Órgão Consultivo das Nações Unidas para a Inteligência Artificial. O AIAB, na sigla em inglês, é um grupo formado por diferentes países membros para discutir os desafios da tecnologia e auxiliar governos em tarefas de regulação e governança.
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Entre os temas abordados estava o desenvolvimento ético da IA e as estratégias para mitigar riscos no uso da tecnologia. A outra ponta desse espectro também foi abordada, com o grupo analisando como as estruturas políticas globais podem lidar com a inovação e de que maneira ela pode ser utilizada para benefícios sociais.
O encontro presencial aconteceu entre os dias 4 e 8 de dezembro e contou com a presença do secretário-geral da ONU, Antonio Gutierres. A secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Estela Aranha, representou o Brasil durante a discussão, que deve gerar um relatório a ser publicado ainda neste ano.
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O texto será baseado em três pilares, que envolvem a cooperação internacional no campo da inteligência artificial e a obtenção de consensos científicos sobre a tecnologia, para garantir que ela funcione em prol da humanidade. As conclusões, ainda, serão parte de uma conferência global a ser realizada em setembro do ano que vem, como parte de uma proposta com medidas a serem tomadas pelos chefes de estado.
A reunião acompanha outros movimentos da ONU nesse sentido, o que inclui até mesmo o Conselho de Segurança da organização. O foco recai sobre os riscos na aplicação indiscriminada da IA e, também, como os perigos dessa tecnologia podem ser contidos.
Cibersegurança é tema central para a ONU
Durante os trabalhos, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas ressaltou que a segurança digital é uma das peças-chave das discussões. Enquanto isso, para a representante do MJSP, o grande destaque foi o alinhamento das recomendações relacionadas à IA a metas de desenvolvimento sustentável e proteção dos direitos humanos, que fazem parte de um pacto global.
Desde já, o relatório produzido durante o encontro será enviado a governos de todo o mundo, com indicações práticas para líderes do setor e legisladores, que devem auxiliar na formulação de políticas de regulação da IA. Para Aranha, a ideia é que os futuros diálogos sobre o tema também sejam pautados pelas discussões do documento.
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Fonte: Canaltech