Imagens de satélite mostram que a ilha formada por uma erupção vulcânica no Japão, no final de outubro, continua crescendo graças à atividade submarina contínua da caldeira. A nova massa terrestre do Pacífico foi batizada de Niijima — “nova ilha”, em japonês — e foi registrada pelo satélite Copernicus Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia (ESA), no último dia 27 de novembro.
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Segundo a Universidade de Tóquio, uma erupção vulcânica iniciada em 21 de outubro foi a responsável pela criação da ilha, que fica ao sul de Iwo Jima. Nove dias depois, uma explosão lançou magma fervente a até 50 metros de altura, se empilhando no oceano a 1.200 km da capital do país, Tóquio, e o vulcão responsável continuou em atividade, como registrado em novembro.
#海上保安庁 は、11月23日(木)に #無操縦者航空機 (シーガーディアン) により #硫黄島 の火山観測を実施しました。
観測の結果、硫黄島南岸の翁浜(おきなはま)沖の新島で噴火活動を認めました。海域火山データベース:https://t.co/TVKMszBbZJ
硫黄島翁浜沖の新島の噴火の様子(可視)はこちら↓ pic.twitter.com/gE5R3PCGBD
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–— 海上保安庁 (@JCG_koho) November 27, 2023
No vídeo acima, é possível ver um pouco dos violentos eventos causados pela caldeira vulcânica, com vapor escaldante sendo expulso pela cratera antes de uma explosão. Apesar dos impactos contínuos, especialistas acreditam que a ilha continuará intacta por enquanto. Sua permanência contínua, no entanto, irá depender do tipo de rocha que a forma, especificamente.
A ilha vulcânica de Niijima vai permanecer?
No início da atividade vulcânica submarina, o mar carregava as rochas quebradiças vindas da erupção ao redor da ilha, que havia acalmado e gerado um encolhimento de Niijima. No final de novembro, no entanto, uma renovação dos eventos vulcânicos voltou a aumentar o tamanho da ilha. Caso ela acabe sendo formada majoritariamente por lava endurecida, Niijima pode se tornar permanente, mas se as rochas formativas sejam mais leves, podem acabar dispersas pelo mar, perdendo-se no Pacífico.
Tanto Niijima quanto sua grande ilha parceira ao norte, Iwo Jima, fazem parte do Círculo de Fogo, uma linha em formato de ferradura com 40.000 km de extensão indo da ponta da América do Sul, passando pela costa da América do Norte e chegando até o Japão pelo Estreito de Bering, terminando na Nova Zelândia.

Os 452 vulcões e trincheiras submarinas bastante ativos foram formados pela subducção, o afundamento de placas geológicas para baixo da placa da América do Norte, derretendo rochas no topo do manto da Terra e criando magma, que pressiona a crosta e é expulsa via erupções. A região de Niijima foi responsável por diversas erupções submarinas ao longo dos anos, sendo uma das caldeiras com surgimento mais rápido do planeta — elas são grandes depressões causadas pela erupção e colapso de vulcões.
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Fonte: Canaltech