Sustentabilidade & Meio Ambiente

2023 deve ser o mais quente dos últimos 125 mil anos

Publicidade



2023 deve ser o mais quente dos últimos 125 mil anos - 1

As ondas de calor têm assustado a população em geral e até mesmo a comunidade científica, e não é para menos: o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia anunciou nesta quarta (8) que 2023 provavelmente será o ano mais quente já registrado.

Conforme os especialisas do Copernicus anunciam, 2023 está atualmente 1,43ºC acima da média pré-industrial. Este último foi o outubro mais quente já registado a nível mundial, com temperaturas 1,7ºC acima do que se pensava terem sido durante o outubro médio do final do século XIX.

A maior parte da culpa é do ser humano: ao queimar combustíveis fósseis e destruir a natureza, os homens bombearam gases que retêm calor para a atmosfera, o que aumentou a temperatura do planeta em 1,2°C desde a Revolução Industrial.


Baixe nosso aplicativo para iOS e Android e acompanhe em seu smartphone as principais notícias de tecnologia em tempo real.

A equipe de cientistas se refere ao escaldante outubro de 2023 como um “exemplo infeliz que mostra como os registros de temperatura estão sendo quebrados por uma margem enorme”. O aquecimento global devido ao aumento das emissões de gases com efeito de estufa atualmente “atingem o planeta com muita força”, conforme alerta.

2023: o ano mais quente

“O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de Outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial designado. Para o ano civil até agora, de janeiro a outubro, a temperatura média global para 2023 é a mais alta já registrada, 1,43°C acima da média pré-industrial de 1850-1900 e 0,10°C acima da média de dez meses para 2016. Atualmente, o ano civil mais quente já registrado”, revela o levantamento do Copernicus.

2023 deve ser o mais quente dos últimos 125 mil anos - 2
2023 provavelmente será o ano mais quente já registrado (Imagem: Freepik)

O levantamento também sugere que outubro marcou o sexto mês consecutivo em que a extensão do gelo marinho da Antártica permaneceu em níveis recordes para esta época do ano, com um valor mensal 11% abaixo da média.

Enquanto isso, a extensão do gelo marinho do Ártico atingiu o seu 7º valor mais baixo em outubro, 12% abaixo da média.

Impactos do calor

Anteriormente, a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) anunciou que rastreou um aumento constante nas temperaturas do oceano desde abril de 2023, o que levou a um estresse térmico sem precedentes na Bacia do Caribe, incluindo as águas ao redor da Flórida e no Golfo do México.

Segundo a NOAA, as temperaturas da água em todo o Golfo do México e no Mar do Caribe estiveram aproximadamente 3 ºC mais quentes do que o normal, ao que as temperaturas no sul da Flórida foram as mais quentes já registradas (desde 1981).

No último mês de outubro, um mapa mostrou como os recordes de calor assolam o planeta. A maior parte da Itália foi sendo abarcada pelas altas temperaturas, chegando a até 40 ºC nas regiões central e sul. No Oriente Médio e na China, o índice de calor, chegou a até 66 ºC. Já nos Estados Unidos, a previsão é mais séria para o sudeste, sudoeste e sul do país, com máximas chegando a 35 ºC.

Trending no Canaltech:

Fonte: Canaltech