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O tabagismo continua sendo um problema grave de saúde pública no Brasil, com números alarmantes de mortes relacionadas ao hábito de fumar. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 443 pessoas morrem por dia no país devido ao tabaco. Essa estatística assustadora coloca o Brasil em destaque como um dos países com maior número de mortes causadas pelo tabagismo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Segundo a OMS, 63% das mortes relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis são atribuídas ao tabaco.
Os efeitos nocivos do tabagismo são inúmeros e afetam diferentes partes do corpo. De acordo com especialistas, o tabaco é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica, como bronquite e enfisema. Além disso, está associado a 30% dos casos de câncer, incluindo pulmão, boca, laringe, esôfago e pâncreas.
Doenças cardiovasculares também são uma preocupação séria quando se trata do consumo de tabaco. Estima-se que 25% das mortes por doença coronariana, como angina e infarto, sejam causadas pelo tabagismo. Além disso, 25% das doenças cerebrovasculares, como acidente vascular cerebral, também estão ligadas ao hábito de fumar.
Diante desses dados alarmantes, é fundamental conscientizar e educar a população sobre os malefícios do tabaco. O oncologista Cristiano Guedes Duque, da Oncoclínica, ressalta a importância de comunicar os riscos do tabagismo para fumantes, ex-fumantes e aqueles que nunca fumaram.
Existem várias razões convincentes para abandonar o cigarro de vez. Uma delas é a alta taxa de mortalidade prematura associada ao tabagismo. As principais causas de mortes prematuras são as doenças cardiovasculares e o câncer, sendo que cerca de seis em cada dez fumantes têm sua causa de morte relacionada ao tabaco.
Além das consequências para a saúde, o tabagismo também tem um impacto financeiro significativo. Os custos com tratamentos de doenças relacionadas ao cigarro, perda de força de trabalho e aposentadorias precoces representam um ônus considerável para governos, empresas e operadoras de saúde.
O impacto do tabagismo no meio ambiente também é uma preocupação importante. Além dos gases tóxicos liberados pelos cigarros, que podem causar câncer em pessoas expostas ao fumo passivo, a cultura do tabaco contribui para o desmatamento e o uso de agrotóxicos, prejudicando o ar, o solo e a água. Além disso, as bitucas de cigarro demoram cerca de cinco anos para se decompor.
Outro fator relevante é a influência exercida pelos fumantes como influenciadores sociais. A indústria do tabaco já se aproveitou dessa estratégia, associando seu produto a esportes, música, cinema e outros campos. Essa influência também afeta crianças, com estimativas mostrando que 80% dos fumantes brasileiros começam a fumar antes dos 18 anos. Portanto, o tabagismo também pode ser considerado uma doença pediátrica, com influenciadores sendo tanto indivíduos do convívio social quanto figuras digitais.
Além de todos os problemas de saúde associados ao tabagismo, é importante ressaltar os impactos estéticos negativos causados pelo cigarro. Os cabelos e a pele são afetados, resultando em envelhecimento precoce. Além disso, surgem problemas como mau hálito, dentes amarelados e maior perda óssea. A voz também pode sofrer alterações, tornando-se mais rouca. E os riscos não param por aí: os fumantes têm maior probabilidade de desenvolver catarata.
Diante de todas essas informações alarmantes, é hora de abandonar o cigarro de vez e priorizar a saúde e o bem-estar. A conscientização sobre os riscos do tabagismo é fundamental para mudar essa realidade e garantir um futuro mais saudável para todos.
