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Gravidade pode revelar detalhes de oceano que pode ter existido em Marte

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Um novo estudo reforça a possibilidade de que Marte já teve um grande oceano. A descoberta foi feita por cientistas liderados por Jaroslav Klokocnik, do Instituto Astronômico da Academia Tcheca de Ciências, que usaram um novo método para analisar a força gravitacional do planeta.

Os cientistas planetários acreditam que Marte já foi um mundo muito mais úmido que aquele que vemos hoje. Entretanto, o debate ganha força quando o assunto é um oceano, que pode ou não ter existido no hemisfério norte do Planeta Vermelho.

Kletetschka explica que é possível trabalhar com a gravidade para investigar o passado da água em Marte porque esta técnica já foi usada na Terra. “Em uma área da África nordeste, por exemplo, esta iniciativa da gravidade mostrou o litoral de um antigo lago”, descreveu ele.


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O novo estudo seguiu uma abordagem diferente da tradicional, que consiste em mapear superfícies a partir das anomalias gravitacionais. Elas são áreas onde a gravidade exercida pelas características de um corpo planetário é mais forte ou mais fraca.

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A nova análise da gravidade em Marte deu mais apoio à possibilidade de o planeta já ter abrigado um oceano (Imagem: Reprodução/ESA)

Por exemplo, uma montanha exerce maior força gravitacional porque tem concentração de massa maior do que aquela esperada em um planeta sem formações nas superfícies. Já as bacias e depressões oceânicas têm menor força gravitacional.

Assim, os autores trabalharam com um processo desenvolvido por Klokocnik, que analise os aspectos gravitacionais (produtos matemáticos que caracterizam anomalias gravitacionais), calculados a partir das medidas das anomalias. Eles também usaram dados do orbitador Mars Global Surveyor, da NASA.

Eles observam que o novo mapa dos aspectos gravitacionais permite uma melhor restrição do oceano que pode ter existido no planeta, por meio da topografia, da gravidade e das formações no terreno. “O [sistema de cânions] Valles Marineris teria a água que iria fluir para este oceano”, finalizaram.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Icarus.

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Fonte: Canaltech