A polêmica da vez envolvendo a SpaceX de Elon Musk é a notícia de a empresa ter perdido muitos satélites Starlink recentemente. De fato, houve uma perda, mas não parece ter sido de 200 unidades como a boataria ventilou por aí. Em conversa com o Canaltech, Jonathan McDowell, astrofísico do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, a quantidade real perdida é bem menor.
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O site Satellite Map, que compila dados obtidos por monitoramento do público, indica que 213 satélites teriam sido queimados durante a reentrada na atmosfera. Segundo a plataforma, isso aconteceu entre os dias 18 de julho e 18 de setembro.
Entretanto, o especialista observa que a quantidade não corresponde à realidade. “Está completamente errado e não sei de onde estão pegando [estes números]”, ressaltou ele, em resposta ao Canaltech. De acordo com as estimativas de McDowell, somente 10 satélites Starlink foram perdidos neste período ao atravessar a atmosfera.
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Por fim, o astrofísico destaca que, de fato, 223 objetos espaciais reentraram na atmosfera no período — mas, em meio a este total, apenas 10 eram satélites Starlink. “50 deles eram outras cargas úteis de satélites, 18 eram estágios de foguetes e 145 eram detritos espaciais”, acrescentou McDowell.
Como satélites Starlink são destruídos?
Os satélites Starlink têm vida útil de aproximadamente cinco anos, mas alguns fenômenos podem fazer com que reentrem na atmosfera antes do tempo previsto. É o caso das tempestades solares, que aumentam a densidade atmosférica e o “arrasto” que o ar exerce nos satélites.
Uma atmosfera mais espessa pode fazer com que eles saiam de suas órbitas, sendo queimados ao atravessar os gases que recobrem nosso planeta. Foi isso que aconteceu com um grupo de satélites Starlink no ano passado: uma explosão solar afetou a densidade da atmosfera e eles perderam altitude, sendo queimados no processo de “queda”.
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Fonte: Canaltech