No último sábado (26), a revista científica Cureus publicou o relato de um caso que intrigou os cientistas: uma mulher que teve morte cerebral e mesmo assim deu à luz a bebê saudável. Depois de averiguar essa possibilidade, a equipe ficou ainda mais surpresa, já que descobriram 27 casos semelhantes.
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Neste caso mais recente, a paciente de 31 anos estava grávida de 22 semanas quando se apresentou a uma clínica com forte dor de cabeça. Logo depois, ela teve uma espécie de convulsão e parou de responder.
Os resultados do exame preencheram os critérios da medicina para morte cerebral, e a paciente foi declarada como morta. Análises posteriores revelaram que a mulher havia sofrido uma hemorragia cerebral.
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Diante da possibilidade de manter o bebê vivo mesmo sob essa circunstância, a família da paciente expressou o desejo de continuar. Conforme aponta o relato, a ocasião exigiu extensa intervenção médica. A equipe precisou regular seus níveis de tiroxina e pressão arterial, enquanto anticoagulantes eram administrados.
Após 11 semanas nisso, os cirurgiões realizaram uma cesariana, dando à luz o bebê com 33 semanas de gestação. Conforme escreve a equipe, a criança passou bem após o parto e não precisou de reanimação. Foi levada à unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal para internação e recebeu alta depois de cinco dias. Neste ponto, o suporte vital da mãe foi encerrado.
Casos semelhantes de partos após morte cerebral
O estudo identificou 35 pacientes que também tiveram morte cerebral durante a gravidez. Desses casos, 69% necessitaram de tratamento para infecções como pneumonia ou sepse, enquanto 63% desenvolveram instabilidade circulatória e 56% tiveram diabetes. Apenas 50% das pessoas que entraram em coma antes das 14 semanas de gravidez tendo bebês vivos.

Mas o que mais surpreendeu os cientistas foi que em 100% dos casos em que uma mulher grávida teve morte cerebral após 24 semanas de gestação, o bebê sobreviveu. Do total de 35 bebês envolvidos na análise, apenas oito morreram no útero.
Dos sobreviventes, dois morreram logo após o nascimento e outros dois ficaram com complicações neurológicas graves, embora 23 parecessem saudáveis no acompanhamento a longo prazo.
Entenda o que é morte cerebral
No Brasil, o Ministério da Saúde define a morte encefálica como “a morte de fato, compreendida pela perda completa e irreversível das funções encefálicas cerebrais”. Quando isso ocorre, a parada cardíaca será inevitável e, embora ainda haja batimentos cardíacos, a respiração não acontecerá sem ajuda de aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas.
A Pasta diz que a constatação da morte cerebral precisa ser feita por médicos com capacitação específica, observando o protocolo estabelecido que define critérios precisos, padronizados e passiveis de serem realizados em todo o território nacional. “Os critérios para identificar a morte cerebral ou encefálica são rígidos, sendo necessários dois exames clínicos com intervalos que variam de acordo com a idade dos doadores, realizados por médicos diferentes”, pontua o Ministério.
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Fonte: Canaltech