A Walt Disney Company divulgou um reporte de resultados do segundo trimestre de 2023 em que foi revelado que os serviços de streaming da empresa perderam mais de 12 milhões de assinantes. E, diante desse cenário de queda, o CEO da companhia, Bob Iger, anunciou algumas medidas para reverter a perda de receita, o inclui uma política mais dura contra o compartilhamento de senhas — aos moldes do que a Netflix já adotou.
Segundo Iger, a empresa está iniciando estudos para tentar encontrar a melhor forma de abordar o compartilhamento de senhas de seus serviços. Conforme apresentado pelo executivo, a empresa quer encontrar um meio de seus assinantes conseguirem compartilhar suas contas com amigos e familiares — mas criando a possibilidade para ampliar sua base de usuários.
Ainda não se sabe exatamente como isso vai funcionar, mas existe a possibilidade de a Disney seguir o exemplo da Netflix, cobrando uma taxa extra para cada usuário fora de sua residência. Iger revelou que a empresa deve começar a implementar essas novas regras de uso em algum momento de 2024.
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No caso da Netflix, o início da cobrança, em meados de maio, resultou em um crescimento no número de assinaturas. Um relatório divulgado por uma consultoria um mês após o início da cobrança adicional mostrou que a conversão de novos usuários chegou a superar os números obtidos no início de 2020, quando o começo da pandemia de covid-19 gerou um pico de novos usuários na plataforma. Assim, ao que tudo indica, a Disney quer repetir esse movimento em seus domínios.
Disney+ mais cara nos EUA
Além disso, outra medida um pouco mais salgada foi anunciada durante o relatório da Disney para compensar a perda de receita. Bob Iger confirmou que, a partir do dia 12 de outubro, o serviço ficará mais caro nos Estados Unidos. Assim, os assinantes da versão sem anúncios da plataforma deixarão de pagar US$ 10,99 e terão que desembolsar US$ 13,99 ao mês. Assinantes do Hulu também terão um aumento de US$ 3 na sua assinatura atual.
Esse aumento deve seguir de acordo com uma das estratégias da empresa, que oferta combos de assinaturas com os dois serviços, por preços mais convidativos.
O Canaltech procurou a Disney+ no Brasil para confirmar se esse aumento será aplicado apenas nos EUA ou se ele também afetará os assinantes brasileiros. De acordo com a assessoria do serviço, não existe nenhum aumento previsto para o Brasil.
A Disney+ já havia recebido um aumento no preço nos EUA em dezembro de 2022, quando deixou de custar apenas US$ 7,99, passando para os atuais US$ 10,99. Em abril, o serviço recebeu, junto com o Star+, um aumento no valor no Brasil, passando de R$ 27,90 para R$ 33,90.
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Fonte: Canaltech