Para prevenir o quadro de artrose, pesquisadores da University of Delaware (UD), nos Estados Unidos, descobriram o papel central de uma proteína conhecida como adseverina. Esta é produzida naturalmente pelo corpo, mas, em pacientes com a doença que afeta as articulações, a sua concentração é inesperadamente baixa. A hipótese é que reposição possa impedir o agravo da condição, como propõe o estudo publicado na revista Science Advances.
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Entre as funções da proteína adseverina, os pesquisadores destacam o importante papel em manter a cartilagem saudável, permitindo a reposição das células eventualmente danificadas. É isso que faz dela um agente protetor contra a artrose.
O que é artrose?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 528 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com artrose, também conhecida como osteoartrite. A forma mais comum desta doença reumática é a que afeta os joelhos, já que são 365 milhões de casos globais.
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Independente da região em que está localizada, como joelhos, mãos e quadris, a condição provoca a degradação da cartilagem, ou seja, daquilo que amortece as extremidades dos ossos. Sem essa camada protetora,o paciente sofre com dores crônicas e pode ter a sua capacidade de locomoção limitada.
Como a proteína pode prevenir a doença?
Na recente pesquisa, os cientistas descobriram que a proteína adseverina regula a actina filamentosa (F-actina). Esta estrutura age como um escudo contra as tensões que ocorrem quando as articulações se movem e “atingem” células que compõem a cartilagem. A perda desse filamento faz com que estas células também morram em decorrência do estresse mecânico.
Com isso, a cartilagem deixa de ser regenerada e, conforme o tempo avança, ela se degrada por completo. Em alguns casos, as células restantes começam a operar de forma inesperada, produzindo moléculas que pioram as articulações e favorecem a rigidez.
Novos tratamentos para artrose
Hoje, as cirurgias para controlar a dor são um dos principais tratamentos para artrose. Na contramão do status quo, a descoberta pode implicar, no futuro, em uma nova forma de encarar o desgaste da cartilagem: a reposição de proteínas associadas com a manutenção do tecido que protege os ossos do atrito direto.
“Se formos capazes de manter os níveis de adseverina ou, alternativamente, descobrir como manter a F-actina em um nível alto o suficiente, talvez, possamos prevenir a morte celular”, impedindo a artrose, afirma Justin Parreno, professor assistente da UC e um dos autores do estudo, em nota. Só que este caminho ainda precisa ser descoberto e validado em estudos clínicos.
Em outra frente de pesquisa para tratar a doença que afeta as articulações, pesquisadores britânicos da University of Southampton estudam a criação de implantes de cartilagem, a partir de células-tronco.
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Fonte: Canaltech