Chegou ao fim no último domingo (6) a edição de São Paulo da CASACOR 2023, tida como a principal feira de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas. Com tema “Corpo e Morada”, o evento reuniu mais de 70 expositores no Conjunto Nacional, popular edifício comercial localizado na avenida Paulista, em um enorme espaço de 11.000 m² para mostrar diferentes visões dos diversos cômodos de uma casa.
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A convite da LG, parceira responsável pelos itens de tecnologia empregados na exposição, o Canaltech foi conferir a feira de perto, checando alguns dos produtos mais avançados da marca trazidos ao Brasil para a ocasião, além da experiência bastante imersiva que une aromas, sons e as propostas dos profissionais para guiar o visitante pelos ambientes.
Casa LG foca no aconchego e tecnologia
Além de fornecer a maior parte dos eletrônicos e eletrodomésticos usados pelos expositores, a LG participou da CASACOR com um espaço próprio, a Casa LG, desenvolvido pelo escritório de arquitetura e design de interiores BC Arquitetos. Segundo a descrição, a ideia foi expor “a ancestralidade” ao usar materiais naturais para destacar a “conexão profunda entre o ser humano e a casa” e “criar uma atmosfera afetiva e sensorial”, usando os eletrônicos como um contraponto.
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De fato, o ambiente da Casa LG se mostrou bastante aconchegante com móveis em tons terrosos, além de um pequeno jardim simpático e até itens “nostálgicos” como uma máquina de escrever, junto de uma biblioteca que ocupa não apenas uma parede inteira, como também chega a se estender pelo teto para entregar mais imersão.
Falando na tecnologia, a LG forneceu uma ampla lista de dispositivos do seu portfólio, indo de aparelhos de ar-condicionado, passando pelos notebooks ultrafinos da linha Gram e as caixas de som Bluetooth da família XBOOM, e chegando a soluções nem tão conhecidas, como o LG Styler. Armário inteligente integrado ao ecossistema LG ThinQ, o Styler promete manter as roupas higienizadas e desodorizadas automaticamente usando vapor. Dito isso, quem realmente rouba a cena é a seleção de TVs da gigante.
Acompanhando os modelos mais “acessíveis”, como a OLED Evo C3 e G3, a LG trouxe à exposição a OLED Signage Transparente que, como o nome sugere, adota um painel OLED transparente. Instalada em uma base chamativa, a solução exibe imagens enquanto permite que o usuário veja o que está por trás, criando uma experiência curiosa.
O modelo está disponível no Brasil como uma solução empresarial, portanto o preço é desconhecido, mas certamente não se trata de um televisor popular. A construção em vidro temperado revela outra proposta da Signage já explorada em países como a Coreia do Sul — utilizá-la como uma janela inteligente para edifícios, vitrines e veículos de transporte público.
A linha de luxo LG OLED Objet Collection também marcou presença, com os modelos Posé, que possui base que lembra os suportes de quadros usados em galerias de arte e espaço para armazenar itens na traseira, e Easel (ou cavalete, em tradução literal), cuja base lembra exatamente um cavalete, sendo apoiada diretamente na parede e equipada com uma capa de tecido móvel utilizada para mudar a aparência.
Apenas a Posé é vendida por aqui no momento, por valores em torno de R$ 13 mil.
O modelo que mais roubou a cena, no entanto, estava em outro espaço da feira — prometendo ser uma “tela de cinema em casa”, a LG LED All-in-One traz um painel de impressionantes 136 polegadas, capaz de ajustar o brilho automaticamente de acordo com o ambiente, e munido de HDR10+ para oferecer cores e contraste mais intensos. A resolução é bastante baixa para o tamanho, de apenas 1920 x 1080 pixels, mas na distância certa, a sensação realmente lembra a projeção do cinema.
Esse é mais um modelo feito sob encomenda, apesar de ser encontrado em alguns varejistas por preços salgados, que flutuam na casa dos R$ 200 mil. Dito isso, considerando que sua rival mais próxima é a recém-lançada Samsung MICRO LED de R$ 1 milhão, o modelo é até “acessível” para quem tem dinheiro para gastar.
CASACOR é um labirinto de sensações
O restante do evento surpreende pelo tamanho, e pela proposta de manter o visitante imerso do começo ao fim. São 74 expositores no total, que trabalham com o tema da feira oferecendo visões diversas sobre a relação das pessoas com seus lares ou mesmo com a cidade e a rotina, e chama atenção como os ambientes são integrados, praticamente guiando o público por um labirinto de sensações.
Sons da natureza, combinados a perfumes e músicas calmas ou agitadas são usados para definir o tom de cada espaço, e é fácil se perder entre as criações. Certos ambientes trazem conceitos mais intensos, questionando o caos das cidades grandes, enquanto outros tentam resgatar a calmaria e a nostalgia de uma floresta ou de casas clássicas. Até mesmo os banheiros são tematizados, a ponto de ser quase imperceptível que são preparados para o uso, enquanto há restaurantes pelo caminho, também planejados para fazer parte da feira.
O foco da CASACOR é visivelmente atender a entusiastas e profissionais de arquitetura e design, bem como eventuais clientes, mas a visita também é válida para quem não tem tanto conhecimento dos conceitos por ser um passeio diferente que consegue cumprir a promessa de imersão. A única recomendação é ir com tempo e passear por cada área com calma, não só pelo tamanho da exposição, como também para aproveitar melhor o que a feira propõe.
A má notícia para quem se interessou em conhecer os eletrônicos e a feira é que a edição 2023 de São Paulo foi encerrada no último domingo (6). Dito isso, vale destacar que outros estados também receberão o evento ainda neste ano, apesar de adotarem configurações diferentes — os detalhes e os ingressos estão no site oficial.
A CASACOR deve retornar à capital paulista em 2024, trazendo tíquetes que partem de R$ 100 (R$ 50 a meia), caso não haja atualização nos valores.
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Fonte: Canaltech
