Segundo um artigo publicado na JAMA nesta segunda-feira (17), o medicamento Donanemab retarda o declínio cognitivo e pode ser crucial no combate à doença de Alzheimer. Na prática, a fórmula ajuda nos estágios iniciais da doença, eliminando uma proteína que se acumula no cérebro, característica do processo neurodegenerativo.
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Conforme aponta o estudo, o medicamento tem potencial para diminuir o ritmo da doença em mais de 30%, permitindo que o paciente consiga fazer tarefas do dia-a-dia. O Donanemab é fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, e sua premissa é remover as placas acumuladas no cérebro chamadas amiloides, conhecidas justamente por conta do Alzheimer.
O artigo aponta que o inchaço cerebral foi um efeito colateral comum em até um terço dos pacientes, mas para a maioria, isso foi resolvido sem causar sintomas. No entanto, em estudos clínicos anteriores, dois voluntários, e possivelmente um terceiro, morreram devido ao dito inchaço no cérebro.
Ao todo, esse novo estudo contou com 1.736 participantes. “Entre os participantes com doença de Alzheimer sintomática precoce, o donanemab retardou significativamente a progressão clínica em 76 semanas”, consta o material.
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Anteriormente, uma pesquisa com 1.182 participantes apontou que 47% não apresentaram declínio cognitivo ao longo de um ano, em comparação com 29% das pessoas que tomaram placebo.
Na ocasião, esse trabalho também avaliou o medicamento em 552 pacientes com altos níveis de uma proteína cerebral chamada tau e descobriu que, quando ambos os grupos foram combinados, o donanemab retardou a progressão do Alzheimer em 29%.
Qual o tratamento para Alzheimer?
Por enquanto, não há uma cura para o Alzheimer, e as estratégias envolvem desacelerar a evolução do quadro. Abordagens multidisciplinares são necessárias para garantir o máximo de qualidade de vida: além do acompanhamento com o neurologista, é interessante buscar auxílio de psicólogos.
Entre as fórmulas mais promissoras para ajudar contra o avanço da doença, estão aquelas que miram na proteína beta-amiloide (conhecida por desencadear o Alzheimer), como o anticorpo monoclonal lecanemab.
Para prevenir o Alzheimer, alguns comportamentos podem ser necessários, como evitar e controlar os fatores que desencadeiam a hipertensão arterial, os níveis de colesterol e diabetes tipo 2, fazer exercícios físicos regularmente, não fumar e ingerir vitamina C. Enquanto isso, determinados exercícios ajudam a malhar seu cérebro e evitar doenças neurodegenerativas.
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Fonte: Canaltech