Nos últimos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento injetável para a prevenção do vírus que provoca a Aids. Conhecido comercialmente como Apretude, o cabotegravir é um antirretroviral que impede a inserção do DNA viral do HIV no DNA humano. Por sua ação, é reconhecido como uma nova forma de profilaxia pré-exposição (PrEP).
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Vale lembrar que, mesmo o HIV podendo ser melhor controlado e a expectativa de vida dos pacientes ter aumentado muito, o vírus continua a representar um grande desafio para a saúde global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,5 milhão de pessoas contraíram a doença que é, até o momento, incurável. Neste cenário, estratégias que impeçam ou reduzam o risco de infecção, como o cabotegravir, uma PrEP de longa duração, são mais do que necessárias.
Como usar o remédio que previne o HIV?
Produzido pela farmacêutica britânica GSK, a PrEP injetável de longa duração cabotegravir é aplicada através de uma injeção intramuscular. Nos primeiros dois meses do tratamento preventivo contra o HIV, o paciente deve receber o medicamento a cada 30 dias. Passados os dois meses iniciais, a aplicação passa a ser bimestral.
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Diferente de uma vacina, que sensibiliza o sistema imunológico e permite a criação de estratégias duradouras de proteção, o medicamento só protege enquanto é aplicado regularmente. Por isso, a medicação deve ser usada da forma como o infectologista prescreve. Aqui, cabe lembrar que ainda não existe uma vacina eficaz e segura contra o HIV.
Quem tem indicação para usar PrEP injetável?
Antes de qualquer coisa, é necessário apontar que pessoas que já convivem com o HIV não devem usar nenhum tipo de PrEP. Estas medicações são validadas para a prevenção da infecção, não atuando necessariamente como tratamento. Por isso, antes de iniciar a medida preventiva, é obrigatória a realização de um teste para o HIV.
De forma geral, o cabotegravir é indicado para pessoas com alto risco de infecções para o HIV, como pessoas que usam drogas, trabalhadores do sexo e quem têm histórico de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). O medicamento também pode ser usado para pessoas com múltiplos parceiros sexuais, em especial homens homossexuais, mulheres trans e travestis.
Cabotegravir injetável está disponível no SUS?
No momento, a PrEP injetável ainda não está disponível para a venda no Brasil e o preço oficial da medicação ainda não foi divulgado. Quando a etapa de precificação do medicamento estiver mais avançada, é possível que o cabotegravir seja incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, já estão disponíveis outras formas de PrEP no SUS, mas todas envolvem o uso de comprimidos.
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Fonte: Canaltech
