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WinZO anuncia fundo de US$ 10 milhões para ser implantado no ecossistema de jogos do Brasil

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A WinZO, com sede em Nova Délhi, na Índia, maior plataforma de jogos do país, anunciou um fundo focado no Brasil de US$ 10 milhões para apoiar o crescimento de jogos, conteúdos e desenvolvimento de tecnologia culturalmente relevantes. Este investimento será feito através de sua extensão norte-americana, a WinZO Inc.

O fundo faz parte do WinZO Game Developer Fund Global de US$ 50 milhões, anunciado no início deste ano na Game Developer Conference, em San Francisco, Estados Unidos, com o objetivo de desenvolver um ecossistema que possibilite a criação de conteúdo culturalmente relevante, experiências de jogos e tecnologia que facilitem entretenimento em real time interativo para o mercado global. O fundo se concentrará em empresas envolvidas em jogos e produtos auxiliares, incluindo desenvolvedores de jogos, editores, monetizadores de jogos, criadores de conteúdo, operações de jogos e segurança.

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Foto: Divulgação

Os co-fundadores da Winzo, juntamente com a equipe de investimentos, estarão presentes no BIG Festival – evento importante do setor de games- deste ano em São Paulo para se encontrar com potenciais parceiros. A empresa está em busca de estúdios que oferecem jogos culturalmente relevantes no Brasil e na América Latina, e dispostos a assinar cheques entre US$ 100 mil e US$ 5 milhões.

Até agora, a WinZO já investiu em todo o mundo em soluções de startups para entretenimento interativo. Alguns dos investimentos recentes incluem a empresa de jogos Web3 Upskillz, a startup da comunidade de jogos Web3 IndiGG, o estúdio de jogos baseado no Reino Unido Village Studio, o estúdio de jogos casuais Bombay Play e a monetizadora baseada em blockchain e startup de streaming Glip. Esses investimentos transcorreram em diferentes etapas.

“O desenvolvimento de jogos costuma ser visto como um negócio com resultados incertos, mas conseguimos estabelecer uma estrutura robusta para identificar empreendimentos de sucesso ao longo do tempo. Por meio de nossa plataforma na WinZO, temos acesso a dados sobre o desempenho de mais de 100 jogos de mais de 100 desenvolvedores em vários gêneros. Isso nos posiciona bem para reconhecer os indicadores, mecanismos e métricas de um sucesso potencial. Além disso, como uma plataforma global de jogos, fornecemos um ambiente propício para que as empresas de nosso portfólio compartilhem ideias, conduzam testes e aproveitem a comunidade e os recursos do WinZO. Nosso objetivo é oferecer o tipo de parceria que desejamos ter durante os estágios iniciais da construção do WinZO. O Brasil oferece um ecossistema de jogos extremamente promissor e adoraríamos investir ativamente em empresas de jogos adequadas por aqui”, diz Paavan Nanda, co-fundador da WinZO.

De acordo com pesquisa da Newzoo, a América Latina é o primeiro mercado de jogos para dispositivos móveis e deve gerar impressionantes US$ 5,1 bilhões até 2024. O Brasil detém atualmente o título de maior produtor de jogos da região, com sua produção mais do que dobrando entre 2018 e 2022. O país abriga mais de 1.000 desenvolvedores de jogos e ocupa o segundo lugar em termos de downloads de jogos no mercado global de jogos para celular, atrás da Índia.

A WinZO também ajuda a gerar receita, garantindo alto envolvimento do jogador por meio de seu aplicativo global. A empresa oferece um kit de desenvolvedor de software (KDS) que simplifica o processo de integração para desenvolvedores de jogos terceirizados, fornecendo a eles um modelo de monetização. Uma vez integrados, esses jogos ficam instantaneamente disponíveis para a ampla base de usuários do WinZO de 150 milhões de usuários em todo o mundo, permitindo que os desenvolvedores gerem receita sem incorrer em custos de marketing e infraestrutura. O modelo de monetização baseado em microtransação da WinZO demonstrou eficácia excepcional, superando as compras tradicionais no aplicativo e os modelos baseados em anúncios e oferecendo retornos 100 vezes melhores para os desenvolvedores de jogos. No passado, a WinZO colaborou com várias empresas globais de jogos, como a Voodoo, com sede na França, para apresentar seus jogos no aplicativo WinZO.

“As empresas globais de jogos enfrentaram desafios na geração de receitas. A questão da monetização para desenvolvedores e estúdios de jogos pode ser atribuída à aplicação de modelos convencionais de monetização que não se alinham bem com as nuances econômicas e culturais do mercado. No entanto, a WinZO abordou esse desafio com habilidade por meio da implementação de seu modelo exclusivo de monetização e formatos proprietários, alavancando transações de tamanho reduzido”, afirma Nanda.

“Essa abordagem ressoa fortemente com um público mais amplo e levou a um aumento de 100 vezes na receita em comparação com as lojas de aplicativos tradicionais. Em nossa plataforma, facilitamos mais de quatro bilhões de jogos mensais. Além do mecanismo de monetização, a WinZO oferece ferramentas para auxiliar empresas globais na personalização de seus jogos para o público local. Este conjunto abrangente de serviços abrange o suporte à tradução de idiomas e a criação de conteúdo localmente relevante, aprimorando ainda mais sua capacidade de cativar os mercados-alvo”, acrescenta.

Até o momento, a WinZO levantou um total de US$ 100 milhões por meio de várias rodadas de investimento. Seus investidores incluem Griffin Gaming Partners, o maior fundo de risco do mundo exclusivamente focado em jogos, com sede na Califórnia, além de outros fundos de jogos, como Maker’s Fund e Courtside Ventures. Stephen Pagliuca, um investidor de private equity americano, co-presidente da Bain Capital e co-proprietário do time Boston Celtics da National Basketball Association e do time Atalanta da liga italiana de futebol da Série A, também é investidor da WinZO.

Fonte: Observatório de Games