A NASA divulgou nesta quarta-feira (21) sua primeira imagem de satélite representando o El Niño de 2023. O fenômeno que causa o aquecimento superficial das águas do Oceano Pacífico está ativo desde o início do mês de junho e os sensores dos satélites Sentinel-6 Michael Freilich e Sentinel-3B, operados pela Agência Espacial Europeia, capturaram as anomalias de temperatura desde então.
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Os dados dos aparelhos espaciais foram processados pelos cientistas do Laboratório de Propulsão à Jato (JPL) da NASA e mostram os locais do oceano onde o nível do mar — e também a temperatura — está na média esperada (em branco), acima (vermelho) ou abaixo dela (azul).
A medição do nível do mar é significante neste caso pois, conforme a água esquenta, ela se expande, o que faz com que ela ocupe um volume maior e o nível do mar aumente nesta região. Por outro lado, a água fria se contrai e ocupa um volume menor.
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Apesar de acontecer no Pacífico, o El Niño tem implicações no clima de todo o planeta, já que a temperatura do oceano afeta a circulação atmosférica, transportando massas de ar de forma diferente da usual. Nos últimos três anos, o mundo passou pela maior sequência de La Niña — o outro lado do ciclo El Niño, que consiste no resfriamento do oceano — de que se tem registro.
Meteorologistas temem que 2023 apresente um “super” El Niño, condição em que as temperaturas do Pacífico sobem ainda mais do que o normal em anos em que o fenômeno está ativo. As suspeitas são reforçadas pelo desenvolvimento precoce neste ano. Até o momento, os especialistas calculam uma chance de 56% de que ele seja classificado como “forte.”
Josh Willis, um dos cientistas do JPL, diz que ainda é cedo para afirmar qualquer coisa. “Ele provavelmente terá alguns impactos globais, mas ainda há chances de que esse El Niño não seja tudo isso,” afirma o oceanógrafo.
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Fonte: Canaltech