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Campinas investiga quinta possível morte por febre maculosa

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Campinas investiga quinta possível morte por febre maculosa - 1

Transmitida pela picada de carrapato, a febre maculosa causa preocupação em Campinas, cidade localizada no estado de São Paulo. No município, as autoridades investigam duas mortes em decorrência da doença, sendo que outras três já foram confirmadas neste ano. No total, são cinco mortes prováveis.

Os casos de febre maculosa vieram à tona com a misteriosa morte de um casal — a dentista Mariana Giordano, de 36 anos, e o piloto Douglas Costa, 42 — no começo deste mês. Ambos tinham viajado recentemente para Campinas, onde foram infectados pela bactéria da família Rickettsiaceae.

O que está acontecendo no interior de São Paulo?

Os pacientes morreram antes que os exames clínicos fossem concluídos, atestando a causa da morte — até esta terça-feira (13), apenas o caso de Giordano foi oficialmente confirmado pelos exames laboratoriais. Em comum, eles apresentavam febre, dores no corpo e manchas avermelhadas — sintomas característicos da doença —, e foram internados.


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Nesse momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas aguarda os resultados do exame feito pelo paciente Costa, que serão enviados pelo Instituto Adolfo Lutz. Mais recentemente, outro óbito é investigado. Dessa vez, a possível vítima da febre maculosa é uma mulher, de 28 anos, cuja identidade não foi divulgada.

Casos de febre maculosa em Campinas

Aqui, é preciso destacar que a cidade de Campinas é endêmica para a febre maculosa. Em outras palavras, casos da doença do carrapato-estrela são esperados todos os anos, já que, até o momento, não foi possível controlar a bactéria e nem os vetores associados com a doença localmente. Isso significa que a região não está em surto, por exemplo.

Nesses primeiros seis meses do ano, outras duas pessoas que moravam em Campinas já se enquadravam na classificação de óbitos oficiais da doença, além da paciente Giordano. Agora, os dois casos mais recentes estão em investigação.

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Campinas invetsiga quinta possível morte por febre macula, transmitida por carrapato (Imagem: James Gathany/CDC)

Em comum, os três casos mais novos estão aparentemente conectados com uma fazenda, localizada no Distrito de Joaquim Egídio. É possível que a região esteja infestada por carrapatos, o que pode colocar outras pessoas em risco.

Medidas para conter a febre maculosa

Após a identificação do possível foco de carrapato-estrela, o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) anunciou uma série de medidas preventivas. Inclusive, o distrito campineiro foi classificado como área de risco para a febre maculosa. Em paralelo, avisos sobre a doença são divulgados pela cidade e a fazenda foi notificada.

Nesta semana, agentes técnicos do Devisa devem ir até essa fazenda, onde farão uma pesquisa acarológica, ou seja, vão investigar se o local está, de fato, infestado por carrapatos contaminados pela bactéria.

Tratamento para a doença do carrapato

Para aumentar as taxas de sobrevivência em caso de febre maculosa, o diagnóstico e o início do tratamento são fundamentais. “Por isso, é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, afirma Andrea von Zuben, diretora do Devisa, em nota.

No caso do casal, ambos apresentavam febre e dores pelo corpo. Por conta da falta de especificidade dos sintomas, a equipe suspeitou de diferentes doenças, como dengue ou ainda leptospirose. Isso pode ter atrasado o início do tratamento, alterando o desfecho.

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Fonte: Canaltech