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Novas diretrizes responsabilizam plataformas digitais por conteúdo violento

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Novas diretrizes responsabilizam plataformas digitais por conteúdo violento - 1

Os episódios chocantes envolvendo violências nas escolas neste início de ano no Brasil acenderam um alerta no governo brasileiro, que vê em conteúdos de apologia à violência em redes sociais um catalisador dessas ações. E, com o objetivo de barrar ou diminuir as mensagens de ódio e coisas semelhantes em ambientes digitais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou, nesta quarta-feira (12), a edição de uma portaria que visa a responsabilização das plataformas digitais na veiculação desse tipo de material.

“Nós estamos vendo que há uma situação emergencial que tem gerado uma epidemia de ataques, ameaças de ataques, bem como também de difusão de pânico no seio das famílias e das escolas. Foi nesse contexto que resolvemos editar uma portaria, que traz medidas práticas, concretas, a fim de que haja uma regulação desse serviço prestado à sociedade, especificamente no que se refere à prevenção de violência contra escolas”, anunciou Dino, segundo a Agência Brasil.

A Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON) deve instaurar processos administrativos para apuração de responsabilidade das plataformas. O documento traz diretrizes que vão exigir das empresas medidas proativas tomadas para limitar a propagação desses conteúdos, desenvolvimento de protocolos para situações de crise, avaliação sistêmica de riscos, política de moderação ativa de conteúdos nas redes, entre outras ações — é possível acompanhar toda a lista no site da portaria.


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A regulamentação será voltada exclusivamente para ameaças contra estudantes, crianças e adolescentes. As sanções, em caso de descumprimento das regras, vão desde a aplicação de multas até a suspensão das atividades. “Nós não desejamos que isso aconteça, pelo contrário. Com a edição dessa moldura normativa, objetiva, com obrigações, com prazos, com parâmetros técnicos, o que nós desejamos é a adequação desses serviços”, destacou o ministro da Justiça.

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Fonte: Canaltech