Se atualmente o celular é um dos dispositivos mais populares do planeta, isso pode ser atribuído ao engenheiro eletrotécnico Martin Cooper. Afinal, foi ele que apresentou o primeiro telefone móvel, no dia 3 de abril de 1973.
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Nessa época, Cooper trabalhava para a Motorola, que ainda era uma empresa de pequeno porte. Em conjunto com o engenheiro chefe de projetos Mobile John Mitchell, eles inventaram o DynaTAC 8000x.
A motivação para este lançamento era bastante clara: na época, grandes empresas de telefonia como a Bell e a AT&T já realizavam testes com tecnologias móveis. Contudo, elas focavam seus investimentos em aparelhos ligados a carros, em vez de serem portáteis.
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O engenheiro não ficou satisfeito com a ideia, que faria as pessoas ficarem “grudadas” aos veículos. Após a primeira demonstração pública do celular, o dispositivo foi considerado um sucesso.
“Dá para acreditar? Estávamos presos em casas e escritórios por tanto tempo, e agora vão nos prender nos carros!”
Após anos de trabalho na Motorola, Cooper decidiu fundar outra empresa para continuar suas pesquisas na área de comunicação portátil, a ArrayComm. Em entrevistas concedidas ao longo dos anos, ele afirmou que a companhia existe para cumprir uma promessa feita no lançamento do primeiro celular: levar serviços baratos e sem fio para todos.
A ArrayComm ainda existe atualmente, e trabalha na área de inteligência artificial (AI) com integração à conectividade 5G.
Martin Cooper permanece antenado no mundo da tecnologia
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Cooper ainda tem muita lucidez após mais de nove décadas de vida. Como um profissional da área, ele permanece ligado no mercado de celulares, e costuma ter sempre os lançamentos mais recentes à mão.
Em entrevista concedida ao portal BBC, ele afirmou que não é fã dos smartphones atuais por conta de seu formato. Ele apontou que a estrutura reta dos aparelhos não combina com a curvatura da cabeça, e é desconfortável nas mãos.
Para ele, o universo dos celulares dobráveis também não é a solução. Em fala publicada ao site TechTudo, ele entende que o novo formato apresenta uma “engenharia linda” mas não resolve nenhum novo problema.
Por outro lado, Cooper entende que o desenvolvimento da inteligência artificial deve revolucionar a forma como as pessoas se relacionam com dispositivos eletrônicos, inclusive nas tarefas mais simples.
Ele reclama, por exemplo, que qualquer função de um celular exige o download de um aplicativo atualmente, e acha que no futuro a AI criará e baixará pacotes de apps de forma personalizada.
Em geral, o engenheiro acredita que a revolução proporcionada pelos celulares ainda está no começo. Ele entende que os dispositivos serão capazes até de eliminar guerras — não por conta própria, mas tendo uma parte central deste “grande futuro”.
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Fonte: Canaltech