Moradores da cidade de São Paulo (SP) já podem experimentar o aplicativo de transporte oficial da prefeitura. O MobizapSP promete ser uma alternativa mais justa do que os rivais Uber e 99 ao repassar 89% do valor das corridas para os motoristas cadastrados.
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O app pretende beneficiar também o usuário, pois não há cobrança de tarifa dinâmica em horários de pico. O cálculo do valor pago será sempre mensurado com base na distância e no tempo de percurso.
A tela inicial é muito semelhante à de apps rivais, então quem já usou alguma solução de mobilidade urbana não deve ter dificuldade em lidar com o sistema. O MobizapSP não oferece categorias diferentes (como UberX e Uber Black), então tudo é considerado uma corrida de preço único, independentemente do veículo.
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O pagamento é feito por um sistema de compra de créditos: você pode cadastrar seu cartão de crédito apenas para recarregar a carteira com valores entre R$ 10 e R$ 200. É um modelo que lembra os velhos passes estudantis, um tanto quanto complexo para um serviço no qual os preços das corridas variam — imagine não conseguir pegar o transporte porque seu saldo esgotou.
Bugs iniciais
Quem for usar precisa ter em mente que o programa é novo e ainda possui alguns bugs. Na Google Play Store, por exemplo, o programa tem apenas 3,2 estrelas, uma avaliação bem baixa.
Para usar o serviço, é preciso fazer um cadastro com dados pessoais e verificações de e-mail e celular. Muitos usuários têm reclamado de problemas na validação do acesso, que precisa ser feito com um código de verificação que não chega no celular — aqui no Canaltech, não houve problema com isso.
Na fase de cadastros, cerca de 280 motoristas foram barrados devido aos protocolos de segurança da plataforma. Não foi especificado quais os problemas encontrados, mas é positivo saber que existe um filtro funcional.
Batalha judicial do MobizapSP
Embora o MobizapSP já esteja funcional, uma batalha jurídica deve correr em paralelo. Isso porque o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) analisa um pedido de investigação sobre o processo de desenvolvimento do aplicativo.
Um requerimento do vereador Toninho Vespoli (PSOL) solicita à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social a revisão da licitação que sagrou o Consórcio 3C como o participante. A alegação seria de que não houve concorrência no certame e que o vencedor foi o único participante.
Vespoli ainda alega, em seu pedido, que empresas componentes do consórcio já são investigadas em outros processos envolvendo lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos no setor de transportes.
Em entrevista ao G1, o diretor do Consórcio 3C, Thiago Hilalgo, disse que todas as investigações foram arquivadas, sem nenhuma punição aplicada às empresas. De qualquer forma, é improável que o app deixe de funcionar por problemas como este, então dá para usar sem medo.
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Fonte: Canaltech
