Na última sexta-feira (17), o aplicativo de delivery de alimentos da 99, o 99Food, anunciou que encerrará as suas atividades no Brasil. Aguardando apenas o período de finalização das parcerias com restaurantes, o aplicativo será desligado em 17 de abril. A notícia é preocupante para a concorrência no mercado de delivery, visto que o Uber Eats também foi extinto no país em 2022.
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Segundo o comunicado da empresa, a decisão foi tomada visando concentrar os recursos no desenvolvimento de serviços de duas rodas, com a expansão do 99Moto e 99Entrega Moto. Os restaurantes parceiros foram avisados sobre o encerramento do aplicativo, mas a empresa espera que a logística construída possa atender demandas individuais do delivery.
“Os entregadores podem manter seus ganhos na 99 com 99Moto e 99 Entrega Moto, nos locais onde estes serviços estão disponíveis. Nós temos soluções robustas de Mobilidade e Fintech que, combinadas, permitem que mais pessoas prosperem por meio da nossa plataforma diariamente”, explicou a empresa.
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Em setembro de 2022, a empresa chinesa demitiu cerca de 100 pessoas no Brasil, em meio à crise global. No entanto, a companhia afirmou que nenhum funcionário da 99Food havia sido afetado. Em janeiro deste ano, o 99Food já havia encerrado os serviços de entrega com motoboys — deixando a entrega por conta dos restaurantes.
Falta de concorrência preocupa o mercado
O encerramento do 99Food entra para a lista de serviços de delivery que não sobreviveram à dominância do iFood e do Rappi no país. Em março do ano passado, a Uber também encerrou as atividades do seu app de delivery, o Uber Eats.
Em fevereiro, o iFood fechou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que eliminou os contratos exclusivos do app de delivery com redes de restaurantes a partir de setembro, limitando a geração de receita com exclusividades em cidades com mais de 500 mil habitantes.
O Termo de Cessação de Conduta (TCC) entre iFood e Cade foi firmado após dois anos de investigação da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) sobre as práticas anticompetitivas do aplicativo.
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Fonte: Canaltech
