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Malware bancário Qbot segue dominando ataques no Brasil

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Malware bancário Qbot segue dominando ataques no Brasil - 1

Janeiro foi mais um mês em que o malware bancário Qbot dominou o fluxo de ataques cibernéticos realizados no Brasil. A praga voltada para o roubo de credenciais e informações digitadas esteve presente em 16,4% de todos os incidentes registrados no primeiro mês do ano, aparecendo mais uma vez no topo do ranking nacional e, novamente, com um resultado que representa mais do que o dobro da média global.

A praga que circula desde 2008 costuma ser distribuída em campanhas de phishing e spam. Os números da divisão de inteligência em ameaças da empresa de segurança Check Point Research mostram uma manutenção consistente dos ataques, com queda de meros 0,1% no fluxo ao longo de janeiro deste ano, na comparação com dezembro do ano passado.

Mudança, entretanto, na segunda colocação. O malware Cerbu assume o posto com suas capacidades de dropper, principalmente de mineradores de criptomoedas, com 6,4% dos incidentes, e jogando o XMRig, outra praga voltada ao mesmo tipo de crime, para a terceira colocação. Ele ficou com a medalha de bronze, com 5% dos incidentes; no primeiro caso, os números representam quase seis vezes o que foi registrado no mundo, mais uma vez demonstrando foco regional dos cibercriminosos.


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Qbot continua no topo do índice de ataques no Brasil, com mais do que o dobro que a média global; campanhas de roubo de marca e sites falsos também causaram impacto por aqui (Imagem: Reprodução/Check Point)

O relatório da Check Point Research chama atenção ainda para o Vidar, um malware que andava sumido mas voltou a aparecer na 4ª colocação entre as contaminações no Brasil e em 7º no ranking global. A praga foi distribuída a partir de versões maliciosas de softwares de acesso remoto, principalmente o AnyDesk, e é focado no roubo de credenciais e outras informações salvas no navegador, como cartões de crédito, chaves de carteiras de criptomoedas e dados pessoas ou bancários.

Os especialistas associam esse retorno à alta nos casos de brandjacking, com os criminosos usando marcas conhecidas para disseminar e-mails e links perigosos. Outro destaque local de janeiro de 2023 foi uma campanha chamada Earth Bogle, com temas geopolíticos focados no Oriente Médio e norte da África sendo usados para disseminar o trojan de acesso remoto njRAT; ainda que a campanha tenha sido direcionada, ela foi suficiente para colocar o vírus na 10ª colocação do ranking global e também do Brasil.

Por aqui, os setores mais atingidos por ataques cibernéticos no primeiro mês do ano foram os governamentais e militares, serviços essenciais como água, luz ou energia, e saúde. O foco é claro nos serviços essenciais e nos golpes que possam causar maior dano e chance de pagamento de resgates; no mundo, o segmento de educação e pesquisa lidera, seguido dos órgãos públicos e, depois, por hospitais e clínicas de atendimento.

Servidores expostos seguem como maior perigo

Segundo o levantamento da Check Point, as falhas de configuração que expõem informações em servidores conectados à internet seguem como os maiores vetores de ameaça. 46% das corporações globais seriam atingidas pela brecha em todo o mundo, com todas estando suscetíveis ao vazamento de dados internos.

A execução remota de códigos maliciosos a partir de cabeçalhos HTTP apareceu na segunda colocação, atingindo 42% das empresas de todo o mundo. Em terceiro lugar está a descoberta recente de uma falha de segurança em dispositivos de gravação de vídeo MVPower DVR, comumente utilizados em sistemas de vigilância; ela permite a execução de códigos maliciosos de forma remota pelos criminosos.

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Fonte: Canaltech