Cientistas podem estar desenvolvendo a primeira vacina contra fungos da história — um imunizante cujo objetivo é proteger o corpo humano dos 3 patógenos mais comuns desse reino, Aspergillus, Candida e Pneumocystis. O trio é responsável por mais de 80% de todas as infecções fúngicas do mundo, mas toda essa ameaça pode estar com os dias contados.
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Até o momento, foram realizados testes apenas com animais, com a University of Georgia já tendo aplicado a vacina em roedores e primatas não-humanos. Criando anticorpos contra todos os fungos do estudo, as chances de sobreviver às suas infecções foram bastante aumentadas, ao menos em comparação com os animais não-vacinados.
Como combatemos os fungos atualmente
Enquanto o novo imunizante não chega até nós, seguimos não tendo nenhuma vacina aprovada contra ameaças fúngicas. Ainda não corremos risco de uma pandemia generalizadas de fungos, mas há uma preocupação crescente acerca de patógenos resistentes a medicamentos antifúngicos, uma ameaça mais real do que podemos imaginar.
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Atualmente, o tratamento contra tais infecções é feito com azois (ou sulfanilamidas), medicações de amplo espectro que conseguem combater os fungos. Temos visto, no entanto, o desenvolvimento de diversos superfungos que passam a resistir ao tratamento, geralmente surgindo por conta do excesso de uso desses fármacos, especialmente na agricultura.
Em 2021, várias infecções por patógenos anteriormente inofensivos aos humanos começaram a se espalhar por pacientes hospitalizados nos Estados Unidos pela primeira vez, o que piorou também por todo o mundo durante a pandemia de covid-19. Pessoas com sistema imune mais enfraquecido estão entre as mais afetadas, especialmente em ambientes hospitalares, onde infecções se espalham com rapidez estonteante.
Pesquisadores comentam que a falta de medicamentos contra fungos é fruto da falta de pesquisas na área, já que não costumávamos ver o reino Fungi como uma ameça, o que tem mudado com o aquecimento global e o salto dos patógenos de seu ambiente para os corpos de animais e humanos. Muitos pacientes, especialmente aqueles com sistema imune comprometido, poderão ter as vidas salvas por uma vacina antifúngica. Há planos para testes de Fase I — ou seja, em humanos — para o novo imunizante, mas nada de datas por enquanto.
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Fonte: Canaltech