Pessoas que dormem mal tendem a acreditar no sobrenatural, ou seja, em fantasmas, demônios ou até alienígenas. A afirmação vem de um estudo publicado no periódico Journal of Sleep Research. Segundo os cientistas responsáveis, essas crenças estão associadas à paralisia do sono ou à síndrome da cabeça explosiva, distúrbio que causa a sensação de um ruído dentro da cabeça.
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A paralisia do sono também mostrou relação com crenças sobre experiências de quase morte, e para chegar a essas descobertas, os cientistas contaram com a participação de 8.853 pessoas, que responderam a um questionário sobre eventos paranormais e variações do sono.
“A noite pode ser uma experiência assustadora para alguns. De fato, experiências ostensivamente paranormais, como ter visto um fantasma ou um extraterrestre, são frequentemente relatadas durante a noite”, refletem os autores.
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Uma das teorias apresentadas no estudo é que a paralisia do sono pode envolver alucinações visuais e auditivas, e os resultados sugerem que essas crenças podem ter vínculo justamente com distúrbios de sons ou imagens. Logo, se uma pessoa tem alucinações com sons ou imagens associadas ao sono, pode interpretar isso como evidência de que existem seres sobrenaturais.
De qualquer forma, os próprios pesquisadores reconhecem que ainda são necessárias mais pesquisas para colocar em prática essa relação.
Outra teoria dos pesquisadores é que acreditar no sobrenatural pode causar ansiedade e interferir no sono. Isso pode ajudar a entender por que a crença em fantasmas, demônios ou alienígenas estava ligada a uma qualidade de sono inferior.
O próximo passo para entender a fundo essa relação é investir em estudos que abranjam um maior grupo de pessoas. Os autores estimam, ainda, que os futuros estudos sobre crenças paranormais e sono devem usar medidas objetivas de variações do sono para maior precisão.
“Estudos anteriores encontraram associações significativas entre crenças paranormais e variáveis do sono. No entanto, estes têm sido realizados em pequena escala e são limitados no número de variáveis do sono investigadas”, alegam os pesquisadores.
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Fonte: Canaltech