A Secretaria de Meio Ambiente e Recurso Naturais do México (Semarnat) estabeleceu na última semana uma proibição de todos os experimentos de geoengenharia solar no território do país. A decisão foi tomada após a startup americana Make Sunsets realizar testes no estado de Baja California sem aviso prévio às autoridades e comunidade local.
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Ainda que cientistas, ativistas e a mídia peçam urgência no combate às mudanças climáticas, a geoengenharia solar ainda é uma forma polêmica de assumir esse enfrentamento. Suas técnicas propõem o aumento da reflexão de luz solar de volta para o espaço, como forma a resfriar a Terra. Uma das formas de fazer isso é a liberação de partículas de dióxido de enxofre na atmosfera.
A startup Make Sunsets lançou no último ano dois balões com a substância que divide opiniões. Embora há quem acredite em seu potencial, existem sérias preocupações quanto às consequências dessa técnica — não se sabe como ela pode afetar os regimes de chuva, a agricultura e até mesmo a saúde pública.
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O CEO e fundador da startup, Luke Iseman, mostrou-se desapontado com a decisão. Em entrevista ao Wall Street Journal, ele diz que “esperava que houvesse diálogo.” Seu plano era vender créditos a empresas americanas como forma de compensação por suas emissões de carbono. Cada grama de dióxido de enxofre liberada foi avaliada em 10 dólares e quantidade — afirma o site da startup, sem citar referências — compensa uma tonelada de CO2 na atmosfera em um ano.
Em comunicado oficial, a Semarnat declara que a decisão se baseia em estudos que mostraram distúrbios meteorológicos associados à geoengenharia solar e em uma decisão da ONU de 2010. Embora ela não proíba, o órgão internacional desencoraja a implementação destas tecnologias. Na ocasião, o México foi um dos signatários da decisão, enquanto os Estados Unidos foram contrários a ela.
Em 2022, a Casa Branca declarou que possui um plano de avaliação da viabilidade da geoengenharia solar. Com duração de cinco anos, suas pesquisas pretendem investigar os benefícios e os efeitos colaterais, que cientistas concordam serem motivo de preocupação.
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Fonte: Canaltech