Em estudo publicado na Advanced Materials, pesquisadores descobriram que o vírus da raiva pode ajudar a tratar distúrbios neurológicos como o Alzheimer. Isso porque as terapias genéticas que geralmente são utilizadas precisam enfrentar a barreira hematoencefálica.
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Com isso, pesquisadores precisaram encontrar uma maneira de mover terapias através da membrana protetora do cérebro. O artigo em questão descreve cápsulas em nanoescala que podem transportar ferramentas de edição de genoma para órgãos e depois se dissolver inofensivamente.
Ao modificar as superfícies das nanocápsulas de sílica com glicose e um fragmento de aminoácido derivado do vírus da raiva, os pesquisadores descobriram que as nanocápsulas poderiam passar eficientemente através da barreira hematoencefálica para alcançar a edição de genes em todo o cérebro. Por enquanto, os estudos foram conduzidos apenas em animais.
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A nanocápsula permitiu editar com sucesso genes no cérebro de camundongos, como um relacionado à doença de Alzheimer chamado gene da proteína amiloide. A ideia, basicamente, é alcançar maior eficácia terapêutica sem arriscar métodos mais invasivos.
Alzheimer: o que a ciência tem feito?
Até o momento, não se chegou a uma cura para o Alzheimer. Dessa forma, todas as estratégias adotadas, a partir de um diagnóstico da demência, são para desacelerar a evolução do quadro. Felizmente, muitos estudos têm se concentrado em encontrar formas de lidar com a doença.
Para se ter uma noção, atualmente, pesquisadores norte-americanos treinam uma Inteligência Artificial (IA) para a identificação do quadro. A estratégia consiste em analisar os padrões de uso da glicose nos cérebros de pacientes que, potencialmente, podem ter demência. Recentemente, pesquisadores descobriram uma terapia hormonal que pode reduzir risco de Alzheimer em mulheres.
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Fonte: Canaltech