Na última quinta-feira (22), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) finalmente aprovou a comercialização do antiviral molnupiravir nas farmácias de todo o Brasil. O medicamento é usado para o tratamento da covid-19, e já tinha sido aprovado para uso emergencial.
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Com a aprovação, o medicamento estará disponível entre janeiro e fevereiro em hospitais, clínicas oncológicas e farmácias que já manifestaram interesse em adquirir o produto. É possível afirmar, ainda, que o antiviral estará disponível para os consumidores finais a um preço médio de R$1.700 por tratamento, mas vale perceber que isso só pode ser feito mediante prescrição e retenção da receita médica.
“Esse é um momento importante para a chegada de Molnupiravir no mercado privando, com volta de crescimento de casos e um número considerável de pessoas com risco de progredir para Covid-19 grave, como por exemplo, imunodeprimidos, com câncer ativo ou com outras doenças. Por isso, é fundamental trazer essa medicação para essa população”, diz Mário Ferrari, diretor da Unidade de Negócios de Infectologia da farmacêutica MSD, responsável pelo medicamento.
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Como funciona o molnupiravir
Administrado por via oral, o molnupiravir afeta diretamente o material genético do vírus e adiciona ao agente infeccioso mutações negativas, ou seja, elementos que atrapalham a sua reprodução. Quando entra na célula, parte do seu composto é convertido em blocos de construção semelhantes ao RNA (ácido ribonucleico).
Com a ação do molnupiravir contra a covid-19, primeiro, a “máquina copiadora viral”, a RNA polimerase, incorpora esses blocos de construção no genoma do RNA do vírus. Depois, os blocos de construção semelhantes ao RNA se conectam com os blocos de construção do material genético viral. Então quando o RNA viral é replicado para produzir novos vírus, ele contém vários erros, as chamadas mutações. Assim, o patógeno não pode mais se reproduzir.
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Fonte: Canaltech