Em estudo publicado na revista Cell Reports, cientistas buscaram decifrar como o cérebro funciona rápido o suficiente para controlar determinados movimentos. A equipe descobriu que a atividade cerebral não está programada para transmitir comandos repentinos para cessar um movimento, mas sim para colocar em prática um sistema de sinalização baseado em princípios de cálculo.
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Quando nos movimentamos (seja para andar, seja para correr), a região locomotora mesencefálica do cérebro envia sinais para neurônios na medula espinhal, que enviam impulsos para neurônios motores, responsáveis por controlar os músculos da perna.
Mas quando esse movimento acompanha um objetivo (por exemplo, correr para um ponto específico), existe atividade no córtex cerebral do cérebro. Para entender como o cérebro traduz um objetivo em um sinal para a região locomotora mesencefálica, a equipe de cientistas conduziu experimentos em roedores.
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Os pesquisadores monitoraram a atividade neural no cérebro do roedor enquanto cronometravam quanto tempo o animal levava para desacelerar da velocidade máxima até ficar completamente parado. O grupo acreditava que o córtex agia como um interruptor, ligando e desligando a movimentação. Mas, com base no que foi visto durante o experimento, não é assim que funciona.
Conforme relatam os pesquisadores, o sinal para interromper os movimentos fluem na região locomotora mesencefálica, mas não é veloz o suficiente para explicar a rapidez com que o roedor para. O que acontece é que existe uma região entre o córtex e a locomotora: o núcleo subtalâmico. A descoberta é que a região locomotora mesencefálica responde à interação entre os dois sinais.
Cada sinal é ativado lentamente, mas a alternância entre eles é rápida, e a região locomotora mesencefálica basicamente registra a diferença entre os dois. Quanto maior a diferença, mais rápida a mudança e mais rapidamente essa região comanda as pernas para parar um movimento. Ou seja: todo o processo se resume em um cálculo.
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Fonte: Canaltech