A Pesquisa do Google pretende implementar um sistema de rolagem infinita da tela com resultados sendo carregados conforme a necessidade do usuário. Essa é uma mudança importante para o serviço, que sempre exibiu os links separados em páginas nos desktops e notebooks desde 1998.
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A troca representa o fim do conceito de primeira página, considerada a principal métrica para mensurar o nível de importância dos sites para determinada palavra-chave. Não haverá mais aquela história de subir o website da terceira para a segunda página, já que tecnicamente todos estarão alocados na mesma.
Essa mudança já era esperada para seguir os passos do modelo implementado no aplicativo para celular desde outubro do ano passado. Nos aparelhos móveis, a pesquisa mostra seis resultados iniciais e um botão “Ver mais” para exibir mais opções.
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Starting today, we’re bringing continuous scrolling to desktop in English in the U.S. so you can continue to see more search results easily. When you reach the bottom of a search results page, you’ll now be able to see up to six pages of results. pic.twitter.com/xIuVP24FFm
— Google (@Google) December 5, 2022
O layout de rolagem infinita foi herdado dos feeds das redes sociais, como Instagram, Twitter e TikTok. Conteúdos são carregados continuamente à medida que você desce ou arrasta o dedo na tela, sem precisar clicar em botões para prosseguir.
Nas mídias digitais, o recurso é um aliado para manter a atenção focada do usuário, prendendo-o por mais tempo. Para o Google, a medida deve tornar a pesquisa mais rápida e facilitar a localização de sites, sem exigir que o usuário se lembre em qual página estava o resultado desejado.
Qual o impacto do fim da primeira página no Google?
Do ponto de vista da web, nada mudará com o fim do conceito de páginas. Sites que ficavam nas seis primeiras posições continuarão a ser exibidos na frente dos concorrentes, mantendo a constante busca pela primeira posição e seus cliques garantidos. A vantagem é para quem estava na segunda ou terceira páginas, pois poderá aparecer mais facilmente se o usuário rolar a tela.
Já para quem trabalha com Search Engine Optimization (SEO), a renovação vai exigir uma troca de indicadores para mensurar o crescimento. Em vez de se falar em qual página o site está alocado, será preciso estabelecer um ranking de posições a serem alcançadas para ter mais destaque nos resultados.
A mudança no buscador será implementada inicialmente nas consultas feitas em inglês por usuários dos Estados Unidos. Como de costume, a empresa deve expandir essa funcionalidade para mais mercados e idiomas em poucos meses, o que deve incluir o Brasil.
O Google tem feito várias melhorias na busca orgânica e paga para se manter na liderança do mercado. Durante o evento Search On, realizado em setembro, a empresa anunciou a chegada do Multisearch, um recurso para realizar buscas cruzadas com texto e imagem. No final de agosto, os desenvolvedores começaram a testar um rótulo para destacar textos curtos no buscador, como forma de incentivar o clique para leitura.
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Fonte: Canaltech