Contas banidas do Twitter antes da compra do serviço por Elon Musk não serão restauradas até que a rede social crie um “processo claro” de restauração, revelou o novo dono da plataforma na última quarta-feira (2). O executivo comunicou isso ao comentar o possível retorno do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao site do passarinho.
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O autodenominado “Operador de linha direta de reclamação do Twitter” disse que o processo levará pelo menos mais algumas semanas. Musk deu a entender ser impossível voltar com a conta do político até as eleições de meio de mandato, programada para ocorrer no próximo dia 8 de novembro.
A construção dessa nova política de banimento precisa ser feita com muita cautela para evitar que pessoas expulsas corretamente se beneficiem da medida. O CEO da Tesla havia dito ser contra a exclusão permanente de usuários, exceto nos casos em que as publicações violaram a legislação. Trump foi suspenso por incitar o ataque ao Capitólio, sede do parlamento nos Estados Unidos, no começo do ano passado.
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If I had a dollar for every time someone asked me if Trump is coming back on this platform, Twitter would be minting money!
— Elon Musk (@elonmusk) October 31, 2022
Há certo temor de que a revisão dos banimentos favoreçam grupos extremistas — supremacistas, racistas, antivacinas e teóricos da conspiração — e atraiam um público ainda mais tóxico para a plataforma. Usuários e anunciantes estão de olho na movimentação para saber se poderão apostar suas fichas na mídia social ou se vão focar recursos em outro lugar.
Preocupação com extremismo
Os tuítes de Musk vierem logo após a série de ligações feitas para organizações de defesa dos direitos civis, como Color of Change, Anti-Defamation League e NAACP, na terça-feira (1). O bilionário se comprometeu a manter políticas de moderação do conteúdo e a honrar os compromissos de integridade eleitoral já firmados — ao menos até a conclusão das eleições norte-americanas.
Yesterday, along with leaders from the #StopHateForProfit coalition, I spoke with Elon Musk, who agreed to not re-platform anyone before the midterms that has been deplatformed prior to that point and keep in place election integrity policies through the midterms. In addition… https://t.co/8SfhmeRVVt
— Rashad Robinson (@rashadrobinson) November 2, 2022
O dono da rede social do passarinho pretende criar um conselho de moderação de conteúdo composto por pessoas com “visões amplamente divergentes”. Esse estilo de gestão não é novo, apesar de inédito no Twitter — ele foi utilizado pela Meta para definir banimentos permanentes no Instagram e Facebook.
É provável que integrantes de grupos da sociedade civil organizada se juntem ao conselho, apesar de as discussões ainda estarem em estágio inicial. Essa seria uma iniciativa interessante do fundador da SpaceX, pois descentralizaria um pouco o poder de decisão na plataforma, que hoje está sob comando de uma única pessoa.
Desde a chegada de Musk ao poder na rede social, muita gente começou a migrar para outras plataformas. A principal delas é a Mastodon, que teve um pico de 70 mil novos usuários e possui uma estrutura similar ao Twitter, porém com funcionamento descentralizado.
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Fonte: Canaltech