Em artigo publicado na revista Gait & Posture, cientistas da Unesp descreveram o desenvolvimento de uma inteligência artificial capaz de identificar Parkinson só de analisar algumas características dos passos de uma pessoa, como a velocidade, comprimento e largura e até o tempo em que a pessoa ficou com os dois pés no chão.
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Para chegar a esse método, os pesquisadores analisaram 63 pacientes do Ativa Parkinson, um programa multidisciplinar e sistematizado de atividade física para pacientes diagnosticados com a doença. As informações desse público foram comparadas com as de outros 63 indivíduos saudáveis.
A partir das informações das pessoas saudáveis, os cientistas apontaram os parâmetros esperados do desempenho do andar. O grupo então usou os dados para criar o modelo de diagnóstico da doença e o modelo de identificação do estágio em que o Parkinson estava nos pacientes.
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Segundo os próprios envolvidos, a pesquisa pode contribuir no futuro com o diagnóstico clínico, mas um dos pontos a evoluir é o custo, já que a solução exige equipamentos onerosos, difíceis de encontrar em clínicas.
Só para se ter uma noção, o equipamento usado na pesquisa está avaliado em cerca de US$ 100 mil (ou seja, cerca de R$ 500 mil). Ainda é possível usar técnicas mais baratas, mas os pesquisadores temem que os resultados não sejam tão precisos.
De qualquer forma, a ideia é que a técnica abra portas para novas compreensões sobre os mecanismos da doença de Parkinson e possa ser trabalhada ao longo de futuros estudos para identificar padrões de caminhada entre os pacientes.
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Fonte: Canaltech
