Um vulcão submerso no monte Home Reef, do arquipélago de Tonga, despertou após 16 anos sem atividade, apontando sobre as águas e formando uma nova ilha com suas emissões. Ocorrendo no último dia 10 de setembro, o evento lançou rochas, lava, fumaça e cinzas no oceano a 25 km a sudoeste da Ilha Late. Em alguns dias, os restos se tornaram uma nova ilha, com 4.000 m² e 10 metros de altura.
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O Serviço Geológico de Tonga, no dia 20 de setembro, relatou um crescimento da ilha em 6 vezes o tamanho inicial, chegando 24 m². A nova extensão territorial, no entanto, é temporária: ela provavelmente afundará no mar, assim como a última filha do vulcão de Home Reef, em 2006, que levou um ano para ter a crista erodida pelas ondas. A diferença é que a outra ilha era bem mais alta.
Abaixo, captura de satélite da erupção que formou a ilha:
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Como se formam as ilhas vulcânicas?
Quando muitos gases vulcânicos são expulsos durante uma erupção, é formado um pó fino chamado púmice, ou pedra-pomes, que se torna um tipo de vidro vulcânico poroso. Pouco densa, a pedra-pomes flutua, e mesmo as erupções submarinas podem criar grandes quantidades do mineral, se tornando ilhas à deriva: é o que aconteceu em 2006, quando a ilha formada até mesmo ameaçou a navegação no Pacífico.
Desde 1852, o vulcão de Home Reef já fez surgir 5 ilhas, indo de 50 m a 70 m de altura. Em 1984, uma delas ostentou até mesmo uma lagoa. A atividade vulcânica da região é impulsionada pela zona de subducção Tonga-Kermadec, que tem uma das placas tectônicas convergentes mais rápidas do mundo.
Isso quer dizer que a Placa do Pacífico, presente no local, mergulha para baixo das placas de Tonga e Kermadec a uma velocidade de 24 cm por ano, formando a segunda fossa marinha mais profunda do mundo e um arco vulcânico incrivelmente ativo. A área compreendida entre Tonga e Nova Zelândia tem a maior concentração de vulcões submarinos do mundo.
A nova ilha, no entanto, não está à deriva. Imagens de satélite mostram uma descoloração oceânica ao redor do vulcão de Home Reef, provavelmente resultado de água marinha acídica superaquecida misturada com pedaços de rocha vulcânica e detritos da erupção, segundo especialistas da NASA.
A atividade vulcânica local traz ameaças baixas à aviação e aos residentes próximos de Vava’u e Ha’apai, mas os marinheiros devem evitar navegar a menos de 4 km da ilha, segundo comunicado do Serviço Geológico de Tonga. Cinzas vulcânicas e vapor vindos da ilha foram vistos pela última vez no domingo (25), indicando um adormecimento do vulcão.
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Fonte: Canaltech