O TikTok tem mostrado conteúdos com informações falsas em buscas relacionadas a assuntos sobre política, mudanças climáticas, Covid-19, guerra na Ucrânia e outros temas da atualidade, segundo um relatório publicado pela agência de checagem de notícias NewsGuard, nesta quarta-feira (14).
- TikTok corrige falha de segurança que permitia roubo de contas no Android
- TikTok nega megavazamento de dados de usuários
Durante uma pesquisa feita pelo NewsGuard sobre os resultados de busca do TikTok em relação as principais notícias do mundo atual, a empresa analisou os 20 principais resultados de 27 buscas. Com isso, descobriu-se que 19,5% dos vídeos sugeridos continham desinformação.
Dentre as informações falsas encontradas nos resultados de busca pela agência, estavam teorias da conspiração promovidas pelo QAnon e receitas caseiras de hidroxicloroquina — medicamento prescrito usado para tratar malária e lúpus.
–
Participe do GRUPO CANALTECH OFERTAS no Telegram e garanta sempre o menor preço em suas compras de produtos de tecnologia.
–
Outras pesquisas por termos como “vacina de mRNA” também foram realizadas. Dentre os 10 principais resultados de busca, cinco deles continham desinformação, incluindo alegações de que as vacinas contra a covid causam “danos permanentes nos principais órgãos das crianças”.
Segundo a empresa de servidores e segurança online Cloudfare, o TikTok ocupa a segunda posição no ranking de domínios mais populares do mundo, perdendo apenas para o Google. Para o fundador do NewsGuard, Steven Brill, a presença de conteúdos enganosos e a facilidade de acesso a eles é bastante preocupante, visto que o TikTok é bastante popular entre os jovens.
Comparando resultados de busca do TikTok com o Google
Os pesquisadores do NewsGuard compararam os resultados do TikTok e do Google sobre buscas relacionadas a tiroteios em escolas, aborto, COVID-19, eleições nos EUA, guerra da Rússia na Ucrânia e outras notícias. “Mesmo quando os resultados de pesquisa do TikTok geraram pouca ou nenhuma desinformação, os resultados foram muitas vezes mais polarizadores do que os do Google”, disse a agência, sobre suas descobertas.
A própria ferramenta de pesquisa do TikTok parece projetada de forma que direcione os usuários a conteúdos enganosos em certos casos, segundo os pesquisadores. Quando se digitavam termos como “vacina covid” na busca, por exemplo, a plataforma mostrava sugestões com palavras-chave relacionadas, que incluíam “exposed sobre a vacina covid” e “danos da vacina covid”.
Brill também questionou se a proprietária da rede social, a big tech chinesa ByteDance está fazendo esforços suficientes para impedir a proliferação de desinformação; ou se deixa que isso aconteça de forma deliberada, como uma maneira de “espalhar confusão” nos EUA e em outras democracias ocidentais.
O que diz o TikTok?
Em resposta ao NewsGuard, a rede social afirmou que a metodologia do estudo foi falha, considerando que as conclusões foram extraídas de uma pesquisa limitada. “Nossas Diretrizes da Comunidade deixam claro que não permitimos desinformação prejudicial, incluindo desinformação médica, e vamos removê-la da plataforma”, segundo um porta-voz do TikTok.
“Fazemos parceria com vozes credíveis para elevar o conteúdo oficial em tópicos relacionados à saúde pública e fazemos parceria com verificadores de fatos independentes que nos ajudam a avaliar a precisão do conteúdo”.
Nos últimos meses, o TikTok fez esforços para conter a proliferação de informações falsas. Em agosto deste ano, por exemplo, a plataforma anunciou a remoção qualquer conteúdo político pago nos EUA. A rede social também diz ter eliminado quase 350 mil vídeos relacionados as eleições presidenciais do país em 2020.
Trending no Canaltech:
- WhatsApp começa a permitir que usuários escondam quando estão online
- Corinthians x Fluminense: Onde assistir ao vivo jogo da Copa do Brasil?
- Blonde | Cenas fortes de sexo causam polêmica em novo filme da Netflix
- Partículas surgem do nada e comprovam efeito quântico previsto há 70 anos
- Backup: solução simples pode ser eficiente contra ataques ransomware
Fonte: Canaltech