Cientistas australianos e dinamarqueses calcularam a quantidade ideal de passos diários para reduzir o risco de demências, como o Alzheimer, entre pessoas com mais de 40 anos. Segundo os pesquisadores, são necessários quase 10 mil passos para evitar os riscos deste tipo de deterioração cognitiva.
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Publicado na revista científica JAMA Neurology, o estudo sobre a quantidade diária de passos que reduz o risco de demência foi liderado por pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca e da Universidade de Sydney, na Austrália.
“Nossos achados sugerem que aproximadamente 9.800 passos por dia podem ser ideais para diminuir o risco de demência. Estimamos a recomendação mínima de aproximadamente 3.800 passos por dia, o que foi associado a uma incidência de demência 25% menor”, afirmam os autores do estudo.
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Estudo sobre o número de passos e a demência
No estudo, os pesquisadores analisaram dados de mais de 78 mil pessoas, com idades entre 40 e 79 anos — a idade média foi de 61 anos —, que usavam algum dispositivo com acelerômetro, como um smartwatch. Estes indivíduos foram acompanhados para a demência por cerca de 7 anos. No final do período de pesquisa, 886 participantes desenvolveram demência, sendo que a maioria poderia ser classificada como sedentária.
De acordo com os pesquisadores, a quantidade ideal de passos diários para reduzir o risco de demência em 51% é de 9.826, mas benefícios já podem ser observados entre aqueles que dão pelo menos 3.826 passos diários.
Intensidade dos passos também muda o risco
Além da quantidade geral de passos, os pesquisadores explicam que a intensidade do andar também melhora os benefícios da caminhada contra a demência. Em outras palavras, caminhar de forma mais intensa pode reduzir o número de passos ideal para se proteger da condição neurodegenerativa.
No estudo, os cientistas descobriram quem andava com “propósito” — tem um ritmo superior a 40 passos por minuto — pode reduzir o risco de demência em 57% com apenas 6.315 passos diários. Agora, a conta dos quase 10 mil passos envolve aquelas caminhadas mais moderadas, onde são dados menos de 40 passos por minutos. Basicamente, é aquele andar feito para ir de um cômodo para outro na casa.
Apesar da descoberta, os pesquisadores destacam que o estudo é observacional e não deve ser usado em interpretações do tipo “não dar 10 mil passos por dia é a causa da demência”. Na verdade, a atividade física é uma das alternativas para reduzir o risco geral da condição que afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo.
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Fonte: Canaltech