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“Sol artificial” coreano atinge 100 milhões de graus por tempo prolongado

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Um reator de fusão nuclear atingiu uma temperatura superior a 100 milhões °C durante 30 segundos. Esta é uma grande conquista, considerando que muitos reatores recordistas de temperatura conseguem manter a reação por menos de um segundo.

O experimento foi realizado no Korea Superconducting Tokamak Advanced Research (KSTAR), com uma técnica que utiliza uma densidade de plasma muito menor que os demais reatores. Isso permitiu aumentar a temperatura no centro do plasma e reduzi-la na borda.

Com essa abordagem, houve menor risco de o plasma tocar nas paredes do reator, o que certamente resultaria na perda de calor e danos à câmara que o contém. Entretanto, essa técnica pode não ser exatamente a mais ideal para a produção de energia utilizável.


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Mesmo assim, se os cientistas conseguirem prolongar ainda mais o tempo de confinamento do plasma na câmara a temperaturas elevadas o suficiente, a energia produzida será ainda maior. Por enquanto, o tempo de duração para o KSTAR é limitado pelo hardware, e não pela física aplicada.

O reator coreano KSTAR ainda tem um longo caminho pela frente (Imagem: Reprodução/Korea Institute of Fusion Energy)

A fusão nuclear só foi interrompida após 30 segundos porque o KSTAR ainda não possui meios de transformar o calor em energia utilizável. Lee Margetts , da Universidade de Manchester, compara com uma usina a gás ou a carvão. “Se você não tiver nada para tirar o calor, as pessoas dirão ‘temos que desligar porque fica muito quente e vai derreter a central elétrica’, e essa é exatamente a situação aqui”.

Para resolver esse problema, o KSTAR foi desligado para receber componentes de tungstênio nas paredes do reator, no lugar do carbono. Além disso, será necessário desenvolver e construir os métodos de transformação do calor para gerar corrente elétrica.

Os resultados do KSTAR foram publicados na revista Nature.

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Fonte: Canaltech