Muitos não sabem o que é glúten, embora a substância esteja presente em diversos produtos nas prateleiras dos supermercados. A gente explica: o glúten nada mais é que uma combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina. Existe uma parcela específica de pessoas que não podem consumir alimentos que contenham esses grupos: aquelas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten não celíaca.
Para início de conversa, o glúten é muito encontrado em produtos industrializados, porque está presente em cereais como trigo, cevada, centeio e nos produtos processados à base de grãos, como bolacha, pão, macarrão e vários tipos de doces. Outros alimentos e bebidas também carregam esse grupo de proteínas, como cerveja, certos tipos de vinho e licor, bem como algumas carnes processadas.
Nos alimentos, é o glúten que fica responsável pela textura macia, além de promover a retenção de umidade. Diversos especialistas destacam benefícios em reduzir (ou até mesmo eliminar) o glúten da dieta, porque isso significa automaticamente a redução de alimentos industrializados e calóricos, como pizzas, bolos e massas.
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O que é glúten?
Glúten faz bem ou faz mal à saúde?
De acordo com a farmacêutica Pfizer, não há qualquer pesquisa, estudo ou mesmo testes científicos conclusivos que indiquem que o glúten prejudique o desenvolvimento ou funcionamento do organismo de indivíduos normais e saudáveis.
Na verdade, existem até benefícios: quando consumido de maneira correta e equilibrada, o glúten, ao chegar ao intestino delgado, ajuda na proliferação e renovação das bactérias “do bem”, que auxiliam na digestão alimentar.
A farmacêutica também ressalta que não há dados que comprovem que uma pessoa que deixe de ingerir alimentos com glúten tenha perda de peso considerável, mesmo no caso de pacientes celíacos. A conclusão é que a necessidade de cortar totalmente o glúten da dieta envolve apenas as pessoas com as condições anteriormente citadas.
A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) reitera que “não há evidência suficiente para assumir que os indivíduos saudáveis experimentariam quaisquer benefícios do consumo de uma dieta sem glúten”, e que “as dietas sem glúten podem ser saudáveis para a população em geral, desde que a retirada dos alimentos processados sem glúten seja compensada pela ingestão de outros grãos integrais, e de hortaliças de baixa densidade energética”.
Como viver sem glúten?
Naturalmente, existe uma lista extensa de alimentos que não possuem glúten, como frutas, verduras, arroz, milho, batata, mandioca (aipim), carnes e peixes, açúcar, chocolate, gelatina, sal, óleos e gorduras em geral.
No entanto, também é necessário verificar o rótulo dos alimentos para garantir que não foram misturados ou entraram em contato com produtos que contém glúten. Existe até um app brasileiro que lê rótulos de alimentos e diz quais ingredientes eles contêm. De qualquer forma, para quem é intolerante, a retirada do glúten da dieta reduz sintomas como irritabilidade, episódios de diarreia, gases e inchaço abdominal.
Agora que você sabe o que é glúten e como viver sem ele, vale verificar com um profissional de saúde (nutricionista ou nutrólogo) se realmente é uma boa ideia reduzir ou cortar por completo essa proteína da sua vida. Fique atento, ainda, aos sinais de intolerância ao glúten, como tonturas, manchas avermelhadas na pele e enxaqueca.
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Fonte: Canaltech