David Luiz, jogador de futebol e atual zagueiro do Flamengo, teve de ser substituído durante o intervalo da partida entre seu time e o São Paulo na última quarta-feira (24) devido a uma hepatite viral. O que é a doença, que provoca infecção no fígado — com sintomas que vão dos mais leves aos mais graves?
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No Brasil, há várias hepatites virais, indo dos vírus A, B e C da doença. Isoladamente, há outros tipos no país, como a hepatite D, comum apenas no Norte, e a hepatite E, bem rara, que costuma aparecer na África e Ásia, mas não na América do Sul. A doença é, frequentemente, silenciosa, chegando até mesmo a não apresentar sintomas, de acordo com o Ministério da Saúde.
Sintomas da hepatite viral
O jogador David Luiz, no entanto, apresentou alguns sintomas antes de entrar em campo, que foram confundidos inicialmente com os de uma virose: ele relatava cansaço e dormia mal, além de ter se mostrado abatido no banco de reservar.
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Entre os sintomas mais comuns da hepatite, estão:
- Febre;
- Tontura;
- Mal-estar;
- Vômitos;
- Cansaço;
- Enjoos;
- Icterícia (pele e olhos amarelados);
- Dores abdominais;
- Fezes claras;
- Urina escura.
As hepatite B e C, quando contraídas, podem se tornar crônicas, mas muitos pacientes infectados podem não saber da condição por falta de sintomas. Conforme avança, o vírus pode acabar comprometendo o fígado e causar fibrose avançada ou cirrose. Cerca de 1,4 milhões de mortes pela doença são registradas anualmente. Há testes rápidos para ambos os tipos no SUS, que devem ser feitos ao menos uma vez na vida.
Ambas as infecções podem acontecer pelo contato com sangue contaminado — ao compartilhar agulhas ou por cortes, por exemplo —, através de relação sexual desprotegida, compartilhamento de itens de higiene pessoal, como lâminas de depilação ou escovas de dente, ou de mãe para filho durante o parto. Já a hepatite A é transmitida via fecal-oral, geralmente quando há pouco saneamento e higiene ou os alimentos não são devidamente limpos.
Existe tratamento para hepatite?
A hepatite B, em específico, não tem cura, mas há vacina contra o vírus gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Já a hepatite C tem cura, mas não possui imunizante. Para a hepatite A, não há tratamento específico, devendo ser tomados os remédios receitados pelo médico para aliviar os sintomas, cuidando para não sobrecarregar o fígado. Repor o líquido perdido pelos vômitos é importante.
Para a hepatite B, costuma-se tomar antivirais específicos, ofertados pelo SUS, e evitar o consumo de álcool, já que o fígado costuma estar debilitado nos pacientes da condição. É possível, com tratamento, retardar a progressão da cirrose e reduzir a probabilidade de desenvolver câncer.
Na hepatite C, são utilizados os DAA (antivirais de ação direta), que curam 95% dos pacientes e são administrados durante 8 a 12 semanas. Mesmo que o diagnóstico tenha ocorrido na rede privada, o SUS ainda oferta tratamento. No caso de David Luiz, o departamento médico do Flamengo fará mais exames para determinar a gravidade da condição no jogador.
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Fonte: Canaltech