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Criminosos usam fotos de documentos e selfies repetidas em tentativas de fraudes

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Criminosos usam fotos de documentos e selfies repetidas em tentativas de fraudes - 1

Parte significativa das fraudes com documentos e fotos digitais são tentadas com imagens falsas que já foram utilizadas em pelo menos uma tentativa anterior. Uma mesma imagem, inclusive, pode ser usada em até 20 tentativas de golpes digitais em um período de apenas três meses.

Segundo dados da consultoria Flexdoc, são usadas em torno de 84 mil fotos repetidas para tentativas de fraudes bancárias todos os dias. Neste montante, estão imagens repetidas de documentos falsos, como o Registro Geral (RG) e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e selfies já contestadas por algoritmos biométricos.

Maior parte das imagens negadas são usadas só uma vez

De acordo com a Flexdoc, que trabalha com validação e processamento de dados biométricos, mais de 60 milhões de registros de imagens já foram negativados. Entre eles, estão imagens mal capturadas, em que os dados de um documento não são legíveis ou a luz de uma selfie não está adequada, e imagens que realmente são falsas, sejam elas reincidentes ou não.


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Segundo o sócio-diretor da consultoria, Luiz André Lima Lemos, a maior parte das imagens são usadas em tentativas de fraude apenas uma vez. Porém, é importante que os sistemas automatizados de biometria estejam bem calibrados. Além disso, segundo ele, a construção de uma base de imagens negativadas pode aumentar a confiabilidade das análises.

Uso de bases negativadas

O executivo defende que as empresas que usam a biometria para verificações de segurança, como bancos, redes de varejo, autoridades de certificação digital, entidades de governo e empresas do setor de serviços, devem investir em bases negativadas. Segundo ele, este tipo de checagem preliminar permite a otimização da segurança e melhora a experiência do usuário.

A adoção deste tipo de sistema já apresentou resultados, como o tempo médio de verificação para um registro digital, como a abertura de uma conta corrente. Em 2017, esses processos levavam em torno de seis minutos, tempo que caiu para 3,5 minutos em 2021 e está em cerca de 2,5 minutos atualmente.

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Fonte: Canaltech