Após descobrir o primeiro caso de polimielite em quase uma década nos Estados Unidos, uma equipe de especialistas do Centro de Controle de Doenças (CDC) busca outros possíveis casos da infecção que pode provocar a paralisia infantil e, em casos extremos, pode levar o paciente ao óbito. Por enquanto, o alvo de atuação é o estado de Nova York, mas há risco de outros pacientes estarem subnotificados.
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O diretor do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias do CDC, José Romero, explicou que o primeiro caso de pólio em anos deve ser “apenas a ponta do iceberg” e está é uma indicação de que “deve haver várias centenas de casos circulando na comunidade”, durante entrevista para a CNN.
Além do paciente diagnosticado que não tinha sido vacinado contra a pólio, o vírus da paralisia infantil foi identificado em amostras coletadas no esgoto no condado de Rockland e também em Orange County.
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O Diretor Romero explica que, especialmente em Rockland, a cobertura vacinal contra a polimielite é bastante baixa, girando em torno de 60%. “Penso que a maioria da população americana nunca viu um caso de poliomielite. As pessoas perderam esse medo, por assim dizer, da doença”, acrescenta.
Hora de estimular a vacinação contra a pólio nos EUA
Diante do atual cenário da região e buscando evitar um possível surto, Romero explica que o CDC estuda inúmeras possibilidades para o controle da pólio. Por exemplo, é possível que crianças recebam uma dose extra da vacina ou ainda que alguns grupos de adultos sejam novamente vacinados.
“Estamos analisando todos os aspectos de como lidar com isso. Neste momento, não temos uma resposta definitiva”, comenta Romero. No entanto, medidas devem ser anunciadas em breve.
E como está o Brasil?
Vale lembrar que Brasil começou, na segunda-feira (8), a campanha nacional de imunização infantil contra a poliomielite e doses da vacina são distribuídas, de forma gratuita, no Sistema Único de Saúde (SUS). No público brasileiro, também caí a cobertura vacinal contra a paralisia infantil. Segundo estimativa de 2021, apenas 67,6% das crianças foram imunizadas. Por enquanto, a doença segue erradicada nacionalmente.
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Fonte: Canaltech
